Vazio da soja inicia em junho e Indea alerta produtores sobre evitar surgimento de plantas guaxas

Este ano, orientações sobre período de proibição de semeadura de soja em Mato Grosso iniciaram mais cedo

Fonte: CenárioMT

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De 15 de junho a 15 de setembro deste ano acontece o vazio sanitário da soja, período em que não é permitida a presença de plantas vivas nas propriedades rurais. Para evitar o surgimento inclusive de plantas guaxas, que surgem nas proximidades de armazéns e acessos às propriedades, o Instituto de Defesa Animal de Mato Grosso (Indea-MT) vem alertando os produtores sobre o período proibitivo.

O vazio sanitário tem como objetivo combater o surgimento da ferrugem asiática, uma das principais doenças que atacam as lavouras de soja. Por isso, as ações neste período são de exterminar restos de soja nas propriedades e no entorno. Essa destruição deverá ser feita pelo produtor. Na safra 2022/23, Mato Grosso registrou 16 ocorrências de ferrugem asiática sendo uma delas em Lucas do Rio Verde.

O Indea publicou instrução normativa orientando sobre as medidas fitossanitárias para o período. Caso alguma propriedade vir a ser encontrada com plantas guaxas o produtor pode ser penalizado. “Para aqueles que ainda têm planta guaxa de soja que faça o seu trabalho, ou seja destrua essa soja guaxa na sede, na sua propriedade, na lavoura, próximo às estradas para que se evite a multa”, reforça o engenheiro agrônomo do Indea em Lucas do Rio Verde, Leandro Oltramari.

De acordo com a publicação do Indea, a multa é de 30 UPF (Unidade Padrão Fiscal) mais 2 UPF por hectare. Em maio, cada UPF foi estipulada em R$ 227,84.

Prejuízos

Além da multa, a presença de ferrugem asiática nas lavouras representa prejuízos aos produtores. Quando em contato com a lavoura de soja, o patógeno causador da ferrugem provoca a desfolha precoce. Isso impede a realização de fotossíntese e a formação dos grãos. O resultado é a perda de rendimento e qualidade menores.

“É a principal doença da soja e é disseminada através do vento. Então todos têm que fazer a sua parte, destruir a soja guaxa para justamente quando nós começarmos um novo ciclo na safra 23/24, reduzir ao máximo a fonte de inóculo da ferrugem asiática”, orienta Oltramari.

Nos próximos dias, as equipes de fiscalização do Indea vão reforçar os trabalhos a campo relacionados ao vazio sanitário da soja. Os fiscais também atuam atendendo solicitações e denúncias, que podem ser feitas de forma anônima. O telefone do escritório local do Indea é (65) 3549-1507. Outra forma de manter contato é pelo e-mail ule_lucasrioverde@indea.mt.gov.br. A preocupação em manter a ferrugem asiática é grande, principalmente pelo potencial produtivo regional. “A soja é responsável pela geração de muitos empregos diretos e indiretos em Lucas Rio Verde e em toda a região”, reforça.

Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso.