Decisão de Dario Herrera incomoda o Palmeiras e reacende debate sobre critérios de arbitragem em finais continentais
São Paulo — A final da CONMEBOL Libertadores vencida pelo Flamengo no último sábado (29) segue repercutindo intensamente nos bastidores do futebol brasileiro. No centro da polêmica está a decisão do árbitro argentino Dario Herrera de não expulsar o volante Erick Pulgar após um lance envolvendo o zagueiro Bruno Fuchs, do Palmeiras, ainda com o jogo paralisado.
O episódio, ocorrido aos 31 minutos do primeiro tempo, gerou forte incômodo na diretoria alviverde. Uma fonte do clube afirmou que o árbitro justificou a manutenção do cartão amarelo dizendo que “a entrada não teve intensidade suficiente” para caracterizar conduta violenta.
A partida decisiva, que consagrou o Flamengo como campeão continental, deixou clima de insatisfação no Allianz Parque, especialmente pela interpretação do juiz em um lance considerado grave por analistas e dirigentes.
Especialistas divergem e apontam lance para expulsão
O comentarista de arbitragem Carlos Simon, da ESPN, foi categórico ao discordar da decisão. Segundo ele, a ação de Pulgar enquadra-se claramente como conduta violenta e deveria ter resultado em cartão vermelho após revisão do VAR.
“Era lance para o VAR chamar. Ele deu um pontapé com as travas expostas e acertou a canela do Fuchs. O jogo estava parado. Para mim, é uma conduta violenta evidente. O VAR poderia ter chamado e, na minha opinião, era lance de expulsão”, afirmou o ex-árbitro.
As imagens divulgadas após a partida mostram a perna do zagueiro palmeirense com marcas do contato, reforçando a leitura de quem considera a punição branda.
Abel Ferreira critica decisão e vê excesso de “simpatia” do árbitro
O técnico Abel Ferreira também se manifestou sobre o episódio em entrevista coletiva. O treinador português evitou prolongar críticas à arbitragem, mas deixou claro que discordou da interpretação de Herrera.
“Pegou muito forte, até forte demais. Acho que o árbitro foi simpático. Não quis estragar a final tão cedo. Há um lance extremamente duvidoso que poderia mudar o jogo. Mas o árbitro entendeu que não era vermelho. Vou me abster de falar mais, porque as imagens estão aí”, disse.
Para Abel, o Flamengo atuou com intensidade elevada, às vezes acima do limite, mas a arbitragem optou por uma condução mais permissiva na decisão continental.
Bastidores alviverdes seguem insatisfeitos
Nos corredores do clube, a avaliação é de que a justificativa do árbitro argentino não condiz com a gravidade do lance e reforça a percepção de critérios distintos em jogos decisivos. A diretoria alviverde analisa o caso internamente, mas não deve formalizar queixa à CONMEBOL.
O episódio, contudo, adiciona pressão ao ambiente palmeirense na reta final do Brasileirão — cenário comum na cobertura esportiva de Esportes, quando decisões de arbitragem repercutem além das quatro linhas.
Próximos desafios do Palmeiras
Após a perda do título continental, o Palmeiras volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro. A equipe enfrenta:
- Atlético-MG (fora) — 03/12, às 21h30
- Ceará (fora) — 07/12, às 16h
O clube busca recuperação imediata para encerrar a temporada com estabilidade após semanas de alta pressão e críticas à arbitragem.
A decisão de Dario Herrera na final da Libertadores abriu um novo capítulo na relação entre Palmeiras e arbitragem sul-americana. A interpretação do lance envolvendo Pulgar e Fuchs dividiu opiniões, irritou a diretoria e motivou declarações fortes de comentaristas e da comissão técnica. Com a temporada entrando em sua fase final, a discussão promete seguir viva nos bastidores e entre torcedores.
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