Conheça o bicho-pau, um insetos da ordem Phasmatodea, inofensivo a nós humanos.
O bicho-pau não possui veneno e muitas vezes passa despercebido por sua aparência.
Em uma postagem no Instagram, o Biólogo Gilberto Duwe comentou que: “Ele tem esse nome por motivos óbvios. Por ser idêntico a um galho seco. Isso é chamado de mimetismo, que é quando uma espécie possui as características físicas semelhantes a outra espécie. Nesse caso, o bicho-pau é dessa forma para se esconder de seus inimigos, ficando praticamente invisível no meio de alguma planta”, relatou o Duwe.
Assista:
O Bicho-pau
Bicho-pau é o nome comum dado aos insetos da ordem Phasmatodea, também denominada Phasmida, Phasmatoptera ou Phasmodea, que mimetizam pedaços de madeira ou gravetos.
Existem 13 famílias, 523 gêneros e 2 822 espécies de bichos-pau, sendo 591 encontradas na América do Sul.
São animais fitófagos, geralmente áptero com a coloração verde ou marrom – porém algumas espécies coloridas são aladas. Seu desenvolvimento é do tipo hemimetábolo, sendo que a maioria das espécies se reproduzem sexuadamente e possuem um grande Dimorfismo sexual. Entretanto, a partenogênese já foi encontrada em muitas espécies.
Algumas espécies, quando em grande densidade de indivíduos, podem causar danos à agricultura. São conhecidas cerca de três mil espécies no mundo, espalhadas por todos os continentes, exceto a Antártica. Destes, aproximadamente de 220 espécies são encontradas no Brasil. A maior diversidade ocorre em florestas tropicais. Além da grande quantidade de espécies mantidas em cativeiro.
Os ovos são muito característicos e únicos, apresentando variações nas formas, cores e tamanhos e isso serve de parâmetro para a identificação das espécies. Muitos possuem a aparência de sementes, o que muitos autores atribuem ao mimetismo acentuado do grupo.
Os ovos possuem um opérculo (parte da região superior do ovo), apresentando cores entre o marrom claro até quase preto, e alguns até com cores próximas ao branco. Variam seu tamanho entre 0,4 cm a 0,5 cm de comprimento (do opérculo até a extremidade oposta) e 0,3 cm a 0,4 cm de largura.
A cápsula é muito esclerosada(endurecimento da parede do corpo), com superfície lisa e brilhante e muitas vezes modificada ventralmente para fixação com substância adesiva. A placa micropilar pode ser aberta ou fechada, dependendo da espécie. Em espécies do grupo Anareolatae pode ocorrer a presença de um capítulo no opérculo.
As ninfas eclodem do ovo pelo opérculo, destacando-o do resto da cápsula quando emergem, muitas vezes com quase o dobro do ovo em tamanho.
Em C. phyllinum, a postura dos ovos se inicia com, aproximadamente, 20 dias após a cópula, com ovos sendo liberados pela fêmea, que em geral, não escolhem um local específico para a postura e quase sempre pousados sobre as plantas e acabam caindo no solo.
Algumas espécies apresentam ovos fertilizados com período de incubação de 60 a 80 dias e os não fertilizados, de 85 a 110 dias, podendo chegar a 280 dias, porém, na maioria dos ovos, o período de incubação foi de 85 a 110 dias. A eclosão dos ovos de C. phyllinum demora entre 100 a 150 dias, mas já foi observado períodos menores. Não foi observado nenhum comportamento de cuidado parental.
Apesar de ainda não ter sido observado algum tipo de comportamento de cuidado parental, algumas espécies adaptaram mecanismo de proteção indireta de seus ovos. Ovos de Diapheromera femorata, além de serem similares a sementes, também possuem um capítulo que se assemelha a um elaiossoma (estrutura carnosa encontrada em algumas sementes de plantas) que atraem algumas espécies de formigas.
As formigas levam esses ovos para seus ninhos, imaginando que se trata de uma semente, para que suas larvas se alimente de seu capítulo e depois os descartam no ninho. Deste modo, os ovos de D. femorata estará protegido de parasitas ou predadores, até que a ninfa ecloda. Mecanismo semelhante também foi observado em indivíduos de Extatosoma tiaratum.
Sem dúvida a semelhança com gravetos ou folhas, juntamente com a coloração verde ou marrom, constitui uma boa camuflagem, na qual, essa é a característica mais marcante do grupo. O Mimetismo de plantas ou gravetos, se estende para quase todos as famílias da Ordem (biologia). Porém, algumas espécies são coloridas, e o principal mecanismo de defesa encontrado nesses grupo foram glândulas protorácicas (na região do toráx) que pulverizam uma substância defensiva quando se sentem ameaçadas.
Ademais, estes insetos prestam bastante atenção ao ambiente ao seu redor e ajustam seu comportamento de acordo com este. Estudos com Extatosoma tiaratum, indicam que essa espécie tem o comportamento de balançar o corpo quando sentem uma rajada de vento, o que sugere que o indivíduo busca se movimentar conforme a folha ou simular o balançar de uma folha. (Fonte: Wikipédia)
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