Conforme Verônica são 56 profissionais da UPA, 11 do Procon e 23 do NIF. “O treinamento está sendo realizado de seis em seis pessoas para não gerar aglomerações e para que possamos ouvir e acolher com mais atenção esses profissionais que estão atuando em várias frentes no combate à epidemia”, destaca. “Quem atua na UPA tem o contato direto com o paciente que busca apoio por estar com suspeita ou estar positivado; quem atua no NIF ou no Procon trabalha diretamente nas ações de fiscalização; então todos estão envolvidos de alguma maneira e precisam ter seu trabalho reconhecido e suas experiências relatadas”, pontua a psicóloga. “É uma forma do ambiente de trabalho acolhe-los”, acrescenta.

Ao mesmo tempo em que ouvem os relatos dos colegas, Verônica e Umberto destacam a cultura organizacional da Prefeitura, trabalhando a missão, os valores, a visão e o código de ética da instituição. Entre os principais eixos, Verônica pontua, está a necessidade de fornecer conhecimento para que o colaborador possa formar uma identidade de pertencimento, e, como consequência, do entendimento e da apropriação dos valores da instituição no seu dia-a-dia. “Quando há esse entendimento, consequentemente o servidor passa a desenvolver suas atividades diárias de outra forma; pois ele passa a ter um senso de responsabilidade, ética e comprometimento alinhados com a instituição”, explica.

A psicóloga destaca que é necessário o servidor entender para se adaptar à cultura da empresa, no caso, a Prefeitura. “Hoje trabalhamos na maior empresa do município. São aproximadamente 2,5 mil pessoas entre colaboradores efetivos, contratados, estagiários e cooperados. Além de ser a empresa que mais emprega no município, a Prefeitura é diretamente responsável pelo bem estar e pelas decisões que irão afetar a vida dos demais cidadãos sorrisenses. Esses conceitos precisam estar claros para ser observados e respeitados”, pontua.

Para trabalhar esse contexto, os psicólogos têm usado abordagens simples, mas que apresentam resultados imediatos. São questões como: “estou tratando o outro como gostaria de ser tratado?”; “tenho orgulho do que faço?”; “se eu fosse o usuário do meu serviço, estaria satisfeito nesse momento?”. A intenção, explicam, é despertar a empatia e fazer com que cada colaborador possa visualizar o trabalho que vem desempenhando.

“Obviamente que aos colaboradores cabe a decisão de escolha em trabalhar em uma organização que permita – e busca- a adequação entre suas características de personalidade e as características organizacionais da empresa”, diz Verônica. “Lembrando sempre que a cultura organizacional forte gera comprometimento organizacional e quem ganha com isso é a empresa/Prefeitura e o munícipe que sairá satisfeito”, salienta.

“O objetivo da Prefeitura de Sorriso é ser referência em gestão pública promovendo o desenvolvimento sustentável tanto social quanto econômico, tornando o município um dos melhores lugares para se viver, e, essa é uma missão que os colaboradores do município podem e devem fazer unidos à população”, completa. “E nesse momento em que estamos vivendo essa pandemia, ficou ainda mais claro o quanto o munícipe e também o colaborador demandam da atenção, do cuidado e do olhar humanizado da gestão pública”, dizem os psicólogos.

“Todos esses profissionais realizam um trabalho relevante todos os dias, e, nesse momento a atividade deles evidencia-se ainda mais fundamental. Muitos já foram vítimas de situações embaraçosas, como desacatos. Gostaríamos de deixar claro a importância do trabalho que realizam; eles merecem nosso respeito, atenção e carinho pelo trabalho realizado”, finaliza Verônica.