Durante evento em Ipojuca (PE), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou engajamento masculino no enfrentamento à violência de gênero ao comentar recentes casos de feminicidio que chocaram o país. Ele relatou que, diante das notícias, a primeira-dama pediu uma postura mais firme do governo e da sociedade para conter agressões contra mulheres.
Em seu discurso, Lula citou episódios ocorridos nos últimos dias, incluindo o ataque a tiros contra uma mulher que trabalhava em uma pastelaria na zona norte de São Paulo e a tentativa de assassinato de Tainara Souza Santos, atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro, resultando na amputação das pernas. Também mencionou o caso registrado no Recife, em que um homem foi preso suspeito de provocar o incêndio que matou sua esposa grávida e quatro filhos.
O presidente defendeu que homens eduquem filhos e amigos para romper comportamentos violentos, afirmando que é necessário um movimento nacional para frear agressões motivadas por controle, ódio ou sentimento de posse. Lula reforçou que, diante da gravidade dos crimes, nenhuma pena parece suficiente para reparar tamanha violência.
Feminicidio é definido como o assassinato de mulheres em razão de seu gênero, geralmente decorrente de violência doméstica, discriminação ou menosprezo. No Brasil, é crime hediondo e pode resultar em pena de 12 a 30 anos. Apenas em São Paulo, 207 mulheres foram mortas desde janeiro, e outubro registrou 22 feminicídios e mais de 5 mil casos de lesão corporal dolosa.
Lula também destacou sua criação em um ambiente sem violência doméstica e afirmou que pretende liderar uma campanha voltada aos homens para disseminar respeito, caráter e dignidade, reforçando o compromisso de combater abusos contra mulheres.
No mesmo evento, o governo lançou obras de expansão da Refinaria Abreu e Lima. A unidade receberá cerca de R$ 12 bilhões para concluir o Trem 2 e realizar melhorias no Trem 1, ampliando a capacidade de processamento para 260 mil barris diários até 2029. A refinaria deverá atender parte significativa da demanda nacional de diesel e também produzir gasolina, GLP e nafta.



















