Um professor de artes marciais, de 36 anos, foi denunciado por diversas vítimas, a maioria menores de idade, por praticar atos libidinosos contra elas em Cuiabá, Mato Grosso. As denúncias vieram à tona após uma aluna de 11 anos, que participou de uma competição na Bahia, revelar aos pais que havia sido abusada pelo professor durante a viagem.
A vítima procurou a Delegacia Especializada dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), onde relatou os abusos sofridos. Após a denúncia, outras duas alunas da academia de taekwondo administrada pela família do professor também procuraram a delegacia para denunciá-lo.
Os pais das vítimas criaram um grupo de WhatsApp para trocar informações e prestar apoio mútuo. Segundo eles, pelo menos 15 alunos teriam sido abusados pelo professor. Muitas vítimas temem denunciar por medo de retaliações, já que o professor possui uma arma de fogo e exerce um domínio psicológico sobre os alunos.
Além dos abusos sexuais, os alunos relatam que sofriam castigos físicos e psicológicos durante os treinamentos. O professor era descrito como possessivo e controlador, interferindo na vida pessoal dos alunos e impondo um regime de treinamento exaustivo.
A mãe de um dos alunos, que frequentava a academia há quatro anos, disse que nunca desconfiou de nada. Ela tinha plena confiança no professor e em sua família, mas após a primeira denúncia, seu filho teve coragem de revelar que também havia sido abusado.
A delegacia responsável pelo caso está investigando as denúncias e solicitou à Polícia Civil da Bahia que investigue o caso ocorrido durante a competição. As autoridades buscam identificar todas as vítimas e coletar provas para embasar a denúncia.
A comunidade esportiva de Cuiabá está chocada com as denúncias e pede justiça para as vítimas. A expectativa é que o professor seja preso o mais rápido possível para que ele não possa prejudicar outras pessoas.
Casos de abuso sexual, especialmente contra crianças e adolescentes, devem ser denunciados. É importante que as vítimas saibam que não estão sozinhas e que existem pessoas dispostas a ajudá-las. A denúncia é o primeiro passo para que o agressor seja punido e para que outras pessoas não sejam vítimas.
