Onça-parda invadiu um galinheiro e comeu todas as galinhas. O que a onça não esperava, era ficar presa no galinheiro e precisou ‘prestar contas’ ao proprietário das aves.
A onça foi resgatada pelas autoridades ambientais e foi levada para ser solta em uma área de proteção.
De acordo com o Biólogo Henrique Abrahão – O Biólogo das Cobras – com mais de 400 mil seguidores no YouTube, o caso aconteceu na Cabeceira do Rio Sana, próximo a Cachoeira das Andorinhas no interior do município de Macaé, no estado do Rio De Janeiro (RJ).
“O dono do sítio se deparou com essa onça dentro do galinheiro, porém, sem as galinhas. A onça ficou presa dentro do cercado e as autoridades ambientais resgataram a onça e deram destinação de soltura”, comentou.
“Trata-se de uma onça macho em fase juvenil. É possível perceber que ela já está acostumada a situação de proximidades com as pessoas. As onças-pardas tem sua distribuição geográfica ao longo das Américas, sendo uma onça que consegue se adaptar bem a perímetros próximos ao meio urbano. Já houve relato de encontro de onça parda em canaviais e em plantação de soja, por exemplo”, acrescentou o biólogo.
Ainda de acordo com Henrique Abrahão, não há registros oficiais de ataque de onça-parda a seres humanos no Brasil porém, muitos casos foram registrados na América do Norte.
“O que acontece é que muitas das vezes é que esse animal pode virar um aproveitador ao estar próximos aos seres humanos. Por isso, da importância de ele ser destinado para outra localidade e assim, não acabe sendo morto. Infelizmente as pessoas tem a ideia de sempre matar animal. Mas essa onça do vídeo sobreviveu”, finalizou Biólogo Henrique.
A Onça-Parda
A onça-parda ou puma (Puma concolor), também conhecida no Brasil por suçuarana e leão-baio, é um mamífero carnívoro da família dos felídeos (Felidae) e gênero Puma, nativo da América.
Foi originalmente classificada no gênero Felis, mas estudos genéticos demonstram que a espécie evoluiu em uma linhagem próxima à chita (Acinonyx jubatus) e ao gato-mourisco (Puma yagouaroundi).
É o mamífero terrestre com a maior distribuição geográfica no ocidente, ocorrendo desde a Columbia Britânica, no Canadá, até o extremo sul do Chile, habitando desde florestas densas, até áreas desérticas, com clima tropical ou subártico, exceto a tundra. É capaz de sobreviver em áreas extremamente alteradas pelo homem, como pastagens e cultivos agrícolas.
A onça-parda possui a maior distribuição geográfica entre os mamíferos terrestres do Ocidente.
Historicamente, a espécie era encontrada desde a Columbia Britânica até o extremo sul do Chile, ocorrendo por quase todo o continente ao longo dessa distribuição, com exceção do Caribe e de algumas regiões desérticas do Chile.
Recentemente, foi confirmada sua presença no território do Yukon, no Canadá. Apesar da presença da espécie na região ter sido suspeita desde 1944, somente em 2000 um espécime foi avistado e capturado no sudoeste de Yukon, e não é sabido se trata de uma população com baixíssima densidade ou de indivíduos de passagem.
A espécie foi extinta do leste dos Estados Unidos no fim dos anos de 1890, com exceção de uma pequena população isolada na Fórida, na região das Everglades.
Não existem registros recentes da espécie na Nicarágua, El Salvador e Honduras, na América Central; e em várias regiões da Venezuela, Peru, Argentina e no Uruguai, na América do Sul.
No Brasil, provavelmente está extinta da faixa litorânea que se estende desde o Maranhão até Sergipe, assim como em parte do leste da Bahia.
Dado sua ampla distribuição, a onça-parda possui grande adaptabilidade e ocorre em inúmeros habitats, desde áreas desérticas até densas florestas, áreas de clima tropical e subártico, do nível do mar até 5 800 metros de altitude, só não ocorrendo na tundra.
Esse felino procura ocupar áreas com grande quantidade de locais em que seja possível criar emboscadas e com abundância de pelo menos uma espécie de animal de médio porte.
Entretanto, não raro, a onça-parda pode ser encontrada em ambientes absolutamente sem vegetação, como desertos. Aparentemente, em algumas regiões dos Estados Unidos, a espécie está ocorrendo em habitats onde antes não ocorria, dado a introdução de espécies de cervídeos.
Ela pode evitar áreas em que ocorre a onça-pintada (Panthera onca), ocupando, muitas vezes, áreas mais secas e abertas quando comparadas com o habitat da onça-pintada.
É tolerante a alterações do ambiente provocadas pelo homem e se não caçada, pode existir em áreas altamente fragmentadas. Áreas de habitat conectados com baixa cobertura vegetal e reflorestamentos com níveis intermediários de distúrbios também são viáveis para a espécie.
No nordeste do estado de São Paulo foi constatado que ela utiliza fragmentos tão pequenos quanto 30 ou 14 hectares, apesar de em outras regiões da Mata Atlântica não utilizar fragmentos menores que 300 hectares.
Mesmo assim, pode ser encontrada em pastagens, plantações de cana-de-açúcar e de Eucalyptus. (Fonte: Wikipédia)
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