O prefeito Roberto Dorner não concorda com o reajuste da tarifa de água concedido pela Agência Reguladora de Sinop (AGER) à concessionária de serviços públicos de abastecimento de água, Águas de Sinop S.A. A decisão da AGER em conceder o reajuste foi comunicada, tanto à Prefeitura, à Câmara de Vereadores, bem como à própria concessionária do serviço, na tarde de ontem, terça-feira, 21.
De acordo com o prefeito, o momento econômico não é propício para qualquer tipo de reajuste tarifário, inda que previsto em contrato de concessão, pois a pandemia, pela qual o país e o mundo vêm passando nos últimos dois anos, mexeu e desestruturou financeiramente muitas famílias. E, ainda de acordo com ele, em Sinop não foi diferente do resto do Brasil. “Nós não podemos concordar com esse aumento, isso é um absurdo. Se for preciso vamos entrar na justiça para que possamos travar esse reajuste”, pontua de forma incisiva.
O gestor municipal relata que sempre deixou bastante claro que discorda da tarifa abusiva cobrada pela concessionária e que, desde que assumiu o Executivo, em janeiro de 2021, está trabalhando para que a população não seja mais prejudicada por um contrato de concessão pública que beneficia apenas a empresa. “Nós estamos, aqui, trabalhando para entregar um Plano de Saneamento, para poder chamar a empresa e cobrar deles que baixe o valor da tarifa. Então, jamais eu vou aceitar esse aumento sem fazer nada”!
O prefeito vai além e diz que buscará aliados para barrar esse aumento e vencer essa batalha em prol da população de Sinop. ”Se precisar, vamos entrar na justiça, mesmo que esse reajuste esteja previsto no contrato firmado lá no passado. Acredito que a justiça não irá aprovar esse aumento,” enfatiza o Prefeito Roberto Dorner.
O aumento tarifário está previsto em contrato (Contrato de Concessão 096/2014) firmado entre Prefeitura de Sinop e concessionária de serviços públicos de abastecimento de água, Águas de Sinop. O reajuste traz como índice de correção o Índice Geral de Preços (IGPM-FGV) dos últimos 12 meses (setembro de 2020 à agosto de 2021) e corresponde a um percentual de 31,12% de acréscimo. O impacto no talão de água entregue na casa do consumidor será bastante grande. A tarifa cobrada passará de R$3,89 o metro cúbico para R$5,10 o metro cúbico de água consumida.