Ícone do futebol feminino brasileiro, Formiga vestirá a camisa da seleção canarinho pela última vez nesta quinta-feira (25), contra a Índia, pelo Torneio Internacional de Manaus. A bola rola às 22h (horário de Brasília), na Arena da Amazônia. A competição amistosa também reúne Chile e Venezuela.
“Comecei a me emocionar hoje, então não faço ideia de como será amanhã [risos]. A expectativa é sempre boa. Espero que tudo aconteça da melhor maneira possível e que todos se emocionem comigo, que aproveitem bem o dia e sigam apoiando a seleção nessa transição”, projetou a camisa 8, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (24), por videoconferência.
Nosso compromisso de amanhã é com você, Lenda! 🥰 #F8rmigaInterminável ♾
🇧🇷 x 🇮🇳
⏰ 21h (local) | 22h (Brasília)
🏟 Arena da Amazônia
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— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) November 24, 2021
A convocação da técnica Pia Sundhage simboliza a transição a qual Formiga se refere. As meias Angelina, Ary Borges, Ana Vitória (todas 21 anos) e Ivana Fuso (20 anos) integram uma nova geração que busca espaço na seleção nacional. Angelina, inclusive, desponta como sucessora direta da veterana, tendo até vestido a camisa 8 nos amistosos de setembro, contra a Argentina, em João Pessoa e Campina Grande (PB).
“Eu acredito muito nestas meninas que estão chegando agora, tendo a oportunidade de trabalhar com uma treinadora de um currículo invejável. Espero que elas também tenham esse comprometimento, pois a luta continua. Ela não para por aqui. Há muito o que conquistar. Temos uma base, algo pelo qual lutamos bastante, então temos que lapidar os diamantes. Que elas construam história na seleção, que seja linda, tenham êxito e conquistem o respeito de todos”, disse a volante.
Foram 26 anos defendendo a amarelinha, com nove conquistas: três medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos (2003, 2007 e 2015) e seis Copas América (1995, 1998, 2003, 2010, 2014 e 2018). Formiga, porém, tem a prata olímpica de 2004, em Atenas (Grécia), como principal lembrança da carreira pelo Brasil. Ela também fez parte do elenco vice-campeão quatro anos depois, nos Jogos de Pequim (China).
“Tenho várias memórias, mas uma que, com certeza, fica para todo o sempre é a conquista da nossa primeira medalha. Ainda mais vendo o crescimento do futebol feminino, é algo para ter guardado da melhor maneira possível. E se pudesse fazer um quadro com outro momento, sem dúvidas, seria o de hoje, vendo tantas meninas ganharem espaço, sem a dificuldade do passado”, concluiu a camisa 8, que tem contrato com o São Paulo até dezembro do ano que vem.
Depois do jogo contra a Índia, o Brasil encara a Venezuela neste domingo (28), às 21h (horário de Brasília). A última partida pelo Torneio Internacional de Manaus será na próxima quarta-feira (1º de dezembro), também às 21h, diante do Chile. O evento amistoso é disputado em formado de quadrangular, em que as quatro seleções jogam entre si. A campeã será aquela que somar mais pontos após as três rodadas.
Edição: Cláudia Soares Rodrigues