Defesas de Bolsonaro têm prazo final para entregar alegações ao STF

Os advogados do ex-presidente e aliados têm até hoje para apresentar suas versões finais na ação penal da trama golpista.

Fonte: CenárioMT

Defesas de Bolsonaro têm prazo final para entregar alegações ao STF
Defesas de Bolsonaro têm prazo final para entregar alegações ao STF - Foto: Antonio Augusto/STF

As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seis aliados têm até esta quarta-feira (13) para entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) as alegações finais na ação penal que investiga a trama golpista.

O prazo de 15 dias começou a contar a partir da apresentação das alegações pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso. Os réus não delatores têm o direito de se manifestar por último.

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Estas alegações representam a última manifestação dos réus antes do julgamento. Após a apresentação, salvo exceções, o relator do caso costuma declarar encerrada a instrução processual, preparando o terreno para o julgamento final.

Não há uma data definida para o julgamento, mas no Supremo a expectativa é de que a primeira ação penal sobre a tentativa de golpe seja analisada até o fim de setembro. O processo inclui militares e civis do alto escalão do governo de Bolsonaro, conhecidos como núcleo 1, principais envolvidos na trama.

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Enquanto o julgamento não ocorre, as defesas podem apresentar requerimentos, contestações ou solicitar a reabertura da instrução processual em caso de surgimento de novos fatos.

O julgamento será colegiado, conduzido pela Primeira Turma do Supremo, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. A data será definida por Zanin após Moraes declarar o processo encerrado.

Crimes

Os réus respondem por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.

Em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão. A detenção, se houver, não será automática, permitindo recursos das defesas. Oficiais do Exército têm direito a prisão especial, conforme o Código de Processo Penal.

O núcleo 1 inclui cinco militares do Exército, um da Marinha e dois delegados da Polícia Federal, todos com possível prerrogativa de prisão especial.

Réus do núcleo 1:

  • Alexandre Ramagem (delegado da PF e deputado federal), ex-diretor da Abin;
  • Almir Garnier (almirante), ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres (delegado da PF), ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
  • Augusto Heleno (general), ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Jair Bolsonaro (capitão);
  • Paulo Sérgio Nogueira (general), ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto (general), ex-ministro e candidato à vice em 2022;
  • Mauro Cid (tenente-coronel), ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, delator do caso.
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Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.