Mais forte que o horizonte cinza das queimadas está o ipê rosa se exibindo, em plena florada, em Várzea Grande. Árvore típica do bioma do Cerrado, os ipês que circundam o Paço Municipal da cidade trazem cor ao pior momento do período de estiagem, marcado por incêndios em áreas urbanas, florestas e até mesmo, no Pantanal. A paisagem está mais bonita e servindo de cenário para fotos que registram um momento único de cada árvore, nessa época.
Essa terça-feira amanheceu mais colorida! O maior ipê do Paço Municipal cobriu parte do gramado, atrás do prédio principal. Apenas o ipê rosa floriu, mas já é o suficiente para formar um lindo tapete rosado sobre as calçadas e o gramado que margeiam a sede da prefeitura, encantando servidores, visitantes e contribuintes. No Paço existem outros, mas apenas o rosa está em floração.
Os ipês de Várzea Grande podem ser vistos e fotografados não apenas no Paço Municipal, como no Parque Ecológico Tanque do Fancho e no Parque Flor do Ipê. Centenas de árvores promovendo um imenso festival de cores que pode ser visto de perto, de longe, apreciado e fotografado de vários pontos da cidade. As árvores podem ser contempladas em bairros, como também, às margens do rio Cuiabá, nas Avenidas Arthur Bernardes e na Júlio Campos, próximo ao Trevo do Lagarto.
A exuberância dessas árvores pode ser registrada apenas uma vez por ano e dura no máximo 15 dias. As árvores embelezam ainda mais os pontos turísticos de Várzea Grande nessa época do ano, como a Rota do Peixe, colorindo em especial a praça central do distrito de Passagem da Conceição e a principal rua do distrito de Bonsucesso.
No Parque Ecológico Tanque do Fancho, os ipês são árvores nativas e dão cor à reserva localizada no coração de Várzea Grande. No Parque Flor do Ipê, as árvores estão por todo o canto e dão nome ao local. As trilhas de caminhadas passam a ser muito mais agradáveis, sendo um atrativo a mais aos adeptos de caminhadas e praticantes de esporte, nessa época do ano, com o novo cenário desenhado e colorido pelos ipês.
NATUREZA – As árvores de ipês são consideradas de grande porte e entre os meses de julho e setembro perdem todas as folhas e ficam cobertas pelas flores. O ipê é uma árvore do gênero Tabebuia (antes Tecoma), pertencente à família das bignoniáceas, podendo ser encontrada em seu estado nativo por todo o Brasil. Há muitos séculos, o ipê – também chamado de pau-d’arco, no Norte – vem sendo apreciado tanto pela excelente qualidade de sua madeira, quanto por seus efeitos ornamentais, decorativos, e até medicinais.
A árvore do ipê é alta, bem copada e, no período da floração, apresenta uma peculiaridade: fica totalmente desprovida de folhas. Os primeiros a surgir são o roxo e o rosa, depois o amarelo e por último o branco. Na temporada as folhas dão lugar às flores que estampam belas manchas coloridas nas paisagens do País. O ipê floresce de julho a setembro e frutifica em setembro e outubro. Sua madeira é bela, de cor castanho-oliva ou castanho-avermelhada, e com veios resinosos mais escuros.
A casca, a entrecasca e a folha do ipê possuem propriedades medicinais, sendo utilizadas no tratamento de amidalites, estomatites, infecções renais, dermatites, varizes e certas doenças dos olhos. Elas são consideradas também como antidiarréicas, antiinflamatórias, antiinfecciosas, antitumorais, febrífugas e cicatrizantes.