Em júri realizado nesta quinta-feira (24), em Porto Alegre do Norte, um homem de 24 anos, foi condenado a 14 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado praticado contra Benedito Cardoso dos Santos, 44 anos. O crime ocorreu em setembro do ano passado, em um sítio no município de Confresa, após discussão sobre política. O Ministério Público do Estado de Mato Grosso estuda a possibilidade de recorrer da sentença para aumentar a pena.
De acordo com a promotora de Justiça substituta, Daniela Moreira Augusto, as três qualificadoras apresentadas na denúncia do Ministério Público foram acolhidas pelos jurados. O entendimento no Tribunal do Júri foi de que o crime ocorreu por motivo fútil, meio cruel e com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Segundo a denúncia, no dia do crime, réu e vítima estavam em um sítio. Na ocasião, o réu começou a defender o então presidente da República, Jair Bolsonaro, e a vítima falava sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após divergência de opinião os dois começaram a discutir.
Nesse momento, o condenado conseguiu pegar uma faca e, após perseguir a vítima na propriedade, a atingiu pelas costas.
“Aproveitando-se que ela se encontrava ferida e caída no solo, sem que pudesse oferecer resistência, foi golpeada várias outras vezes com a faca. Ao constatar que ela (a vítima) ainda estava viva, o acusado desferiu-lhe mais um golpe fazendo uso de outra arma branca (machado), revelando uma brutalidade fora do comum e em contraste com o mais elementar sentimento de piedade”.
Ao ser preso, o criminoso confessou o crime. Durante o julgamento no Tribunal do Júri, o réu manteve a confissão e voltou a dizer que não se arrependeu da prática do crime.