Chefe do MP prevê fila de caixões e comércio fechado em Mato Grosso

Fonte: REPÓRTERMT

O chefe do Ministério Público de Mato Grosso, o procurador-geral de Justiça José Antônio Borges criticou, em entrevista ao Conexão Poder, o novo decreto do Governo do Estado que libera o funcionamento do comércio. Para ele, a liberação de atividades antes não consideradas essenciais, em todo o Estado, mesmo sendo municípios com índice de risco muito alto para o contágio de coronavírus podem acarretar grave aumento no número de mortes por covid- 19.

O procurador chega a citar cenas vistas em Manaus, onde as vítimas da pandemia foram enterradas em valas coletivas. Ele alerta para o possível caos e considera que o governador Mauro Mendes (DEM) terá que retroceder a medida, de forma que possa voltar a ocorrer a quarentena obrigatória, como houve em Cuiabá e Várzea Grande.

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“Agora temos um novo decreto. Dessa vez o governador assumiu o ônus e tornou-se impositivo. Então cumpra-se se esse decreto. Não podemos ir contra o decreto. Agora pode ter ônus daqui 15 dias, quando pode estar começando a morrer 100 pessoas por dia aqui no Mato Grosso. Naturalmente imagino que o governador vai ter que retroceder e vai ter que fechar. A gente espera que as pessoas tenham consciência, façam distanciamento mínimo, evitem festas, porque senão daqui a pouco vai fechar, com decreto ou sem decreto, como aconteceu em Manaus com uma fila de caixões e o congestionamento de caixões chegando no cemitério, cova comum, todo mundo sendo enterrado da mesma forma sem a família poder se despedir”, declarou.

Borges considera que a medida do governador ocorreu em momento errado e se deu pela  pressão da indústria e do comércio pela reabertura das atividades econômicas.

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Graduada em Jornalismo pela Faculdade La Salle em Lucas do Rio Verde (MT), atuou como estagiária na Secretaria Municipal de Educação. Desde 2010 trabalha na redação e, atualmente, é repórter e redatora do CenárioMT nas editorias Mundo, Mato Grosso e Cidadania. Para dúvidas, correções ou sugestões de pauta, entre em contato: [email protected]