Apesar de as mulheres representarem a maioria da população brasileira, sendo 51,1% dos habitantes de acordo com dados do IBGE, a luta por equidade de gênero é contínua sendo uma realidade em diversas áreas da sociedade. No entanto, dentro do ambiente acadêmico, este cenário está se transformando. Em 2022, 21,5% das mulheres estudantes completaram suas graduações, enquanto somente 15,6% dos homens completaram seus cursos.
De acordo com dados do Mapa do Ensino Superior de 2022, o número de pessoas do sexo feminino cursando alguma formação na área da saúde equivale a 73,2%, enquanto nas demais esse percentual é de 52,8%. Informações da base de dados do Pravaler, principal plataforma de acesso e soluções para o ecossistema de educação do Brasil, mostram que nos dois primeiros meses de 2023, os cursos majoritariamente financiados para mulheres foram Enfermagem, Psicologia, Medicina Veterinária, Odontologia, Fisioterapia, Biomedicina e Farmácia.
“Mesmo em meio a tantos desafios, as mulheres têm conseguido conquistar o espaço que lhes é de direito na sociedade. É muito gratificante saber que, por meio do financiamento estudantil, temos conseguido contribuir com a diminuição da desigualdade de gênero nas instituições de ensino superior e, consequentemente, com a inserção no mercado de trabalho”, comenta Fernanda Inomata, psicóloga e CHRO do Pravaler.
Luana Romão, de 41 anos, é exemplo disso. A enfermeira, que atualmente estuda para se tornar médica, encontrou no financiamento privado a oportunidade de transformar um sonho em realidade. “Meu filho tinha sete meses quando fui aprovada no vestibular. Com o apoio da família e a venda de um terreno, consegui cursar os primeiros anos de faculdade, porém, os valores eram altos, e quando o dinheiro apertou, o financiamento do Pravaler foi a alternativa para não trancar a faculdade”, conta.
“O acesso ao conhecimento é a maior ferramenta de mudança social que existe e, por isso, o ingresso dessas mulheres nas universidades é algo tão importante, com um potencial gigantesco de colaborar com a mudança do cenário brasileiro quando o assunto é representatividade feminina”, finaliza a executiva.