Nesta quarta-feira (10), um avião bimotor fez um pouso forçado em Rondolândia, Mato Grosso, após ser interceptado pela Força Aérea Brasileira (FAB). Os tripulantes abandonaram a aeronave, colocaram fogo nela e fugiram do local, deixando para trás uma cena de mistério e suspeita.
A suspeita sobre a aeronave surgiu quando ela foi avistada vindo da Bolívia e foi identificada nas proximidades de Rondônia. Dois aviões de defesa aérea A-29 Super Tucano foram acionados para a interceptação por volta das 13h30. O piloto recebeu ordens para mudar de rota e fazer um pouso obrigatório em Cacoal (RO), mas ao descumprir a ordem, foi disparado um tiro de aviso.
Após o incidente, o avião realizou um pouso forçado em um terreno de difícil acesso nas proximidades do município de Rondolândia, levantando suspeitas sobre a natureza de sua carga e a intenção de seus tripulantes.
Segundo informações da Força Aérea Brasileira, acredita-se que os tripulantes tenham incendiado a aeronave propositalmente para destruir possíveis evidências de contrabando, sugerindo o transporte ilícito de drogas. A Bolívia é conhecida como um dos principais produtores de cocaína do mundo, aumentando ainda mais as suspeitas sobre a natureza do voo interceptado.
Além das suspeitas de tráfico de drogas, a aeronave modelo Seneca, matrícula PT-RQY, foi descoberta estar operando sem permissão, pois seu certificado de aeronavegabilidade estava vencido, de acordo com informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O caso está sendo investigado pelas autoridades competentes para esclarecer todas as circunstâncias envolvidas e identificar os responsáveis pela operação ilegal da aeronave.
