Há proibição de viajar ao Brasil neste momento?

Informe-se sobre os casos em que há proibição de viajar ao Brasil. E mais: exigência de teste de Covid, mutação do coronavírus, novidades sobre a vacinação.

Fonte: CenárioMT

viajar para brasil

Desde a virada de ano, estão em vigor novas exigências para a entrada de brasileiros e estrangeiros em nosso país. O fato ocorre em paralelo à descoberta de uma mutação do Coronavírus — o que tem gerado especulações sobre uma possível proibição de viajar ao Brasil.

Para saber se isso pode afetar os seus planos de viagem, é importante entender o que tem motivado os países a mudarem as regras quanto aos deslocamentos internacionais. 

Mas antes, vale esclarecer os seguintes pontos: 

  • A única proibição, em caráter temporário, se refere aos voos internacionais para o Brasil provenientes do Reino Unido e Irlanda do Norte ou com passagem por tais países. 
  • Quem vem de outros países no exterior pode entrar em nosso território desde que tenha testado negativamente para COVID-19 e preencha a Declaração de Saúde do Viajante (DSV)*.
  • O teste deve ser feito em até 72 horas antes da viagem ao Brasil, em laboratório reconhecido pelo país de origem do voo, e apresentado no momento do embarque juntamente com a versão impressa ou digital da DSV.

Já no caso de quem pretende sair do Brasil, é recomendável acessar o portal consular do país de destino para checar se há exigências ou restrições aplicáveis a cidadãos brasileiros. Se a viagem for aos Estados Unidos, por exemplo, você pode verificar isso ao solicitar o ESTA EUA online.

O novo impacto da COVID-19 nas viagens

Após uma breve fase de desaceleração da pandemia, novas ondas da doença começaram a surgir ao redor do mundo. No final de 2020, foi detectada na Inglaterra uma mutação do coronavírus com o potencial de contaminar mais pessoas em menos tempo.

Como uma resposta pontual a esse fato, alguns governos adotaram bloqueios de circulação de pessoas e mercadorias provenientes do Reino Unido para tentar conter o rápido alastramento da doença através da transmissão da nova cepa. 

Essa foi a intenção das autoridades brasileiras ao proibirem a chegada de voos vindos da região. Ainda assim, foram confirmadas as suspeitas de pelo menos dois casos de brasileiros infectados pela variante do vírus (denominada B.1.1.7) em um grupo eu havia retornado do Reino Unido.  

E o Ministério da Saúde também acaba de confirmar uma notificação do governo japonês sobre a infecção de quatro viajantes após visitarem o estado do Amazonas. Os testes acusaram essa mutação do coronavírus no retorno deles ao Japão.

Ocorrências como estas vêm preocupando as autoridades sanitárias internacionais, pois o Brasil é um dos países mais afetados pela COVID-19 — apenas ficando atrás dos Estados Unidos em número de óbitos e percentual de população infectada.

Portanto, é preferível manter o distanciamento social e evitar ao máximo os deslocamentos sem necessidade. O ideal é adiar em alguns meses os planos de viagem a negócios ou turismo, até que a vacinação contra o coronavírus apresente o resultado esperado.

O que muda com a aplicação das vacinas contra a COVID-19

Mesmo estando às voltas com uma mutação do coronavírus e o agravamento na crise da pandemia, a Inglaterra foi o primeiro país a iniciar uma vacinação em massa contra a COVID-19.

As vacinas de diferentes indústrias farmacêuticas foram desenvolvidas em tempo recorde para os padrões vigentes, mas isso se tornou possível graças a uma série de fatores. 

Por exemplo, já havia um certo domínio de tecnologia similar no caso das vacinas “tradicionais”, que usam formas do vírus inativo, além de estudos em curso sobre a técnica de RNA mensageiro para estímulo de produção de anticorpos, uma inovação na área. 

Isso sem falar na grande dedicação dos cientistas e profissionais de saúde à busca de uma solução eficaz para conter a pandemia.

Até o momento, 50 países já iniciaram o processo de imunização de suas populações obtendo aprovação em caráter emergencial de uma ou mais vacinas contra a COVID-19, somando quase 20 milhões de pessoas vacinadas em todo o mundo.

No Brasil, há pelo menos duas vacinas em fase de avaliação pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com ótimas chances de aprovação. Para realizar a cobertura da vacinação em um país grande e populoso como o nosso, contamos com um Sistema Único de Saúde (SUS) que é mundialmente reconhecido pelo sucesso de suas campanhas de vacinação.

Há muita expectativa quanto à aderência aos planos de vacinação para que a população mundial possa retomar as atividades normais o mais brevemente possível.

No entanto, ainda é preciso manter as precauções habituais para proteção de todos contra o vírus, tais como as medidas de higiene, distanciamento social e uso de máscara.

É com atitudes simples assim que as pessoas têm o poder de reverter medidas drásticas como uma proibição de viajar ao Brasil.

*Portaria nº 630, de 17 de dezembro de 2020, publicada no Diário Oficial da União.

Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.