Um fator que, sem dúvida, deve ser tido em conta no caso dos doentes com diabetes, pois estamos perante uma doença que, como explicou o médico, “em si é uma entidade que implica um risco cardiovascular elevado, mas em fases anteriores, em situações de pré-diabetes, esse risco já é aumentado”.
O que é o fígado gorduroso?
Atualmente é a patologia hepática mais difundida no mundo. Há quem a considere uma patologia banal, o que é, por si só, verdade em alguns casos; mas há uma porcentagem de pacientes, entre 5 e 10 por cento, que evoluem para formas mais graves, como a cirrose hepática.
É caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado. Existem dois tipos principais: fígado gorduroso não alcoólico e consumo de álcool.
O diagnóstico geralmente vem quando um exame físico, exames laboratoriais ou exames de imagem como ultrassonografia são realizados por qualquer outro motivo.
Diabetes tipo 2, uma doença em ascensão
Enquanto isso, o diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por níveis elevados de açúcar no sangue (glicose), devido a defeitos na secreção de insulina, sua ação ou ambos. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que permite que as células usem a glicose do sangue para obter energia.
Conforme detalhado na Novo Nordisk Diabetes Foundation, caso não seja devidamente controlado, a longo prazo, a presença contínua de glicemia elevada pode causar alterações na função de vários órgãos, principalmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos.
Os dois principais tipos de diabetes são o diabetes tipo 1, anteriormente chamado de diabetes infanto-juvenil, e o tipo 2, anteriormente conhecido como diabetes adulto.
Esta última corresponde a cerca de 90% de todos os casos de diabetes e a sua incidência tem vindo a aumentar de forma muito marcante nos últimos anos, em relação às mudanças no estilo de vida, cada vez mais sedentário e com uma alimentação que favorece o ganho de peso.
Diabetes e obesidade
A ligação entre diabetes e obesidade também foi valorizada por especialistas. Tanto que o termo “diabesidade” foi recentemente cunhado, unificando essas duas doenças intimamente associadas, diabetes tipo 2 e obesidade. E estima-se que entre 30% e 40% das pessoas com diabetes que são atendidas por internistas tenham obesidade. O internista, como especialista com uma visão global do doente, gere a pessoa com diabetes no quadro do risco vascular e o controlo correto da diabetes é fundamental para evitar complicações associadas a esta patologia como doença renal, cardíaca ou arterial periférica. E não podemos esquecer que a obesidade desempenha um papel essencial no desenvolvimento de doenças não transmissíveis como diabetes mellitus tipo 2 (DM2), hipertensão arterial (HAS), dislipidemias e doenças cardiovasculares, devido ao excesso de gordura, fundamentalmente visceral, que é depositado no corpo.
Hábitos saudáveis, essenciais
Levando em conta todos esses dados, não é de surpreender que os especialistas insistam na importância de cuidar dos hábitos de vida, aqueles fatores externos que têm grande influência no desenvolvimento de ambas as patologias, como dieta, exercício físico, controle do excesso de peso e manutenção nossos níveis de açúcar no sangue em níveis ideais.
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