Para a diretora da unidade penal, Lígia Mari Asato, o projeto traz inúmeros benefícios em prol do tratamento penal humanizado, já que garante o oferecimento de absorventes a todas custodiadas, além de ser um meio de ocupação produtiva. Segundo a dirigente, a intenção é que, futuramente, a produção possa atender outras unidades prisionais do Estado.
Para o idealizador do projeto, o secretário municipal de Educação de Rio Brilhante, Miquéias Augusto Ferreira Nantes, a parceria entre a Secretaria e a Agepen é extremamente importante para combater a pobreza menstrual. “Oferece uma oportunidade única para mulheres em situação de vulnerabilidade produzirem seus próprios absorventes e, em contrapartida, realizaremos a distribuição nas unidades escolares e também na Clínica da Mulher e da Criança em nosso município, além de obterem acesso a informações adequadas sobre as melhores alternativas para tratar da questão da pobreza menstrual. Esta iniciativa já contribuiu significativamente para reduzir a desigualdade entre os gêneros”, destacou.
Todas as pessoas que menstruam têm direito à dignidade menstrual, o que significa ter acesso a produtos e condições de higiene adequados. A pobreza menstrual tem um impacto negativo em todos os aspectos da vida de mulheres e meninas no Brasil; estima-se que uma em cada quatro meninas falta à escola enquanto está menstruada. A falta de condições econômicas para comprar absorventes é um dos desafios, apontados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), para o combate à pobreza menstrual no Brasil.
Texto: Keila Oliveira, Agepen
Fotos: Divulgação/Agepen