Quase um quarto das pessoas vivendo com HIV no mundo, cerca de 9,3 milhões, não tem acesso ao tratamento adequado. Essa realidade alarmante, revelada em um novo relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), exige ações urgentes e coordenadas para combater a pandemia e alcançar o objetivo de acabar com a AIDS como ameaça à saúde pública até 2030.
Apesar dos avanços significativos nos últimos anos, como a redução pela metade das mortes relacionadas à AIDS e o aumento do acesso ao tratamento antirretroviral, ainda há um longo caminho a ser percorrido. A meta global de reduzir as novas infecções anuais para menos de 370 mil até 2025 está longe de ser alcançada, com 1,3 milhão de novas infecções registradas em 2023.
Fatores como cortes nos recursos destinados ao combate à AIDS, aumento da oposição aos direitos humanos e desigualdades no acesso à prevenção e ao tratamento colocam em risco o progresso já conquistado. É fundamental que os líderes mundiais assumam um compromisso firme com a resposta ao HIV, garantindo o financiamento adequado e a proteção dos direitos humanos de todas as pessoas.
A 25ª Conferência Internacional sobre Aids, que acontece em Munique, na Alemanha, entre 22 e 26 de julho, é um momento crucial para unir esforços e definir estratégias para alcançar o fim da AIDS. O evento reúne especialistas, ativistas e pessoas afetadas pelo HIV para compartilhar conhecimentos, experiências e buscar soluções inovadoras para os desafios da pandemia.
O Brasil, com suas experiências exitosas na resposta ao HIV, tem um papel importante a desempenhar nesse cenário global. A participação de representantes do Ministério da Saúde na Conferência Internacional sobre Aids é uma oportunidade para apresentar os avanços brasileiros e contribuir para a construção de um futuro livre da AIDS.
