Com as festas de fim de ano, muitas famílias decidem fazer trocas de presentes. E algumas crianças sonham em ter um pet como companheiro, uma vez que a interação humano-animal proporciona inúmeros benefícios para a saúde e o bem-estar, como você já acompanhou aqui no CenárioMT.
Mas é importante deixar claro que pet não é presente. Um animal de estimação exige um planejamento familiar prévio e a decisão deve ser bem pensada e tomada de forma responsável para garantir que as necessidades dos animais sejam atendidas.
É importante deixar claro que pet não é presente
“É fundamental entender o momento atual da família, e avaliar previamente se ela está preparada para atender às necessidades de um novo membro que os acompanhará por muitos anos. Fazer um planejamento, conversar com todos os familiares e buscar orientação de um Médico-Veterinário, são fatores essenciais para considerar antes de receber um novo gato ou cão em casa”, explica Priscila Rizelo, Médica-Veterinária e Coordenadora de Comunicação Científica da Royal Canin Brasil.
Dedicar tempo para proporcionar uma rotina saudável ao pet e arcar com as despesas para os cuidados com a sua saúde fazem parte da guarda-responsável e de se fazer a seguinte pergunta: minha família está preparada para ter um pet?
Esse é o primeiro ponto a ser considerado, pois muitas pessoas desejam ter a companhia de um pet, mas podem não estar completamente preparadas para incorporar os cuidados necessários em sua rotina diária. É fundamental ter em mente que um animal de estimação terá uma vida longa, de no mínimo 10 anos podendo chegar até 20 anos ou mais, e exigirá mais do que simples cuidados básicos.
É fundamental ter em mente que um animal de estimação terá uma vida longa
Outro ponto importante é conhecer o perfil do pet. Cães e gatos são diferentes, seja no porte, expectativa de vida, níveis de energia e temperamentos, que podem afetar a dinâmica familiar. É importante conhecer mais sobre as características de cada um para fazer uma escolha com base no cotidiano e na realidade do núcleo familiar, assim, a chegada do novo membro será mais consciente e cheia de amor.
A família deve fazer um planejamento financeiro, afinal o orçamento dedicado ao novo membro da família precisa atender às emergências médicas e as despesas de rotina como, por exemplo, alimentos, brinquedos, vacinas, visitas de check-up ao Médico-Veterinário, bem como higiene e outros cuidados necessários.
Para as famílias que gostam de viajar, é importante já pesquisar por potenciais pet sitters e dog walkers para atender as necessidades do pet em casos de ausência temporária. Assim, o animal continua recebendo os cuidados essenciais que precisa, como alimentação, exercícios, adestramento e brincadeiras.
Os animais de estimação precisam de amor e atenção, mas eles também precisam aprender. Ensinar seu gato ou cão requer paciência, dedicação e persistência. Para isso, o adestramento e o enriquecimento ambiental também contribuem para questões comportamentais.
Consultar um Médico-Veterinário é um recurso-chave e uma fonte de informação confiável. Eles podem, até mesmo, recomendar criadores, ONGs e abrigos de animais resgatados que sigam diretrizes de bem-estar responsáveis.
Uma alimentação adequada desde o início da vida do pet contribui para sua saúde e longevidade. Por fim, estabelecer uma rotina de brincadeiras e interações é crucial para garantir o bem-estar do animal, bem como, cuidados regulares de saúde.
Mesmo que o pet seja destinado à criança, a responsabilidade sempre recai sobre o adulto, um aspecto que não deve ser negligenciado. “Por isso, recomendamos os pets não serem presentes, mas sim, uma decisão planejada, pois impactará a rotina familiar por muitos anos”, finaliza Rizelo.