Uma enorme cobra sucuri foi flagrada atravessando uma estrada de terra e chamou a atenção do biólogo Deuci Arruda.
A enorme sucuri foi avistada no dia 27 de agosto, em uma propriedade rural do município de Porteirão, no estado de Goiás – GO. O biólogo ficou surpreso com o tamanho da sucuri.
O biólogo estava vistoriando aos arredores da fazenda onde trabalha, quando encontrou a anaconda atravessando a estrada.
“A gente sempre vê o rastro dela aqui atravessando e hoje eu tive a felicidade, já que o tempo está nublado, fresco. Elas não andam com sol, ou é no tempo chuvoso ou é a noite”, explicou.
Para Deuci, a cobra estava se locomovendo até um local onde poderia encontrar alimento.
“Uma cobra desse tamanho, só anda para realmente caçar ou quando está acasalando, que não é o caso dela, se não teria algum macho próximo(…) Com certeza ela estava indo para algum ponto de caça para ela”, explicou.
O biólogo ainda relata que ao perceber a sucuri, imediatamente, começou a filmar e se aproximou do animal, atitude que ele não recomenda para outras pessoas.
Assista ao vídeo gravado pelo biólogo Deuci Arruda:
Saiba mais sobre as sucuris
De habito semiaquático, as cobras sucuris (Eunectes) são endêmicas da América do sul e podem ser divididas em quatro espécies:
Eunectes notaeus, a sucuri-amarela, endêmica da zona do pantanal; eunectes murinus, a sucuri-verde, a maior e mais conhecida, ocorrendo em áreas alagadas da região do cerrado e da amazônia, sendo que, neste último bioma, os animais costumam alcançar tamanhos maiores; eunectes deschauenseei, a sucuri-malhada, ocorre na ilha de Marajó e na Guiana Francesa, bem como em algumas outras partes da Amazônia e Eunectes Eeniensis, a sucuri-da-bolívia.
Uma das principais características das cobras sucuris, além do tamanho que chama a atenção, é o dimorfismo sexual, ou seja, nas quatro espécies, as fêmeas são maiores que os machos.
Quando está no período de acasalamento, a sucuri libera feromônios para atrair machos para reprodução, o que pode resultar na aproximação de vários machos. A fêmea acaba por escolher apenas um para se reproduzir.
A troca de pele nas cobras sucuris é um processo biológico e necessário para o seu crescimento.
“A pele das cobras é coberta por escamas que são compostas de queratina, e elas realizam essa troca para poder expandir seu corpo”, explica Erika Hayashi, médica veterinária especializada em animais silvestres e pets exóticos, da clínica e hospedagem de animais silvestres, paraíso silvestre, na grande São Paulo (SP).
Essa troca de pele recebe o nome de ecdise, podendo ocorrer até cinco vezes no mesmo ano. São necessários alguns fatores para a ocorrência, como por exemplo: saúde e idade do animal, alimentação e condições do meio ambiente, como temperatura e umidade.
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