Captura do animal

Como a macaca em questão foi identificada como responsável por outros ataques na Área Verde, neste momento uma equipe do Núcleo Integrado de Fiscalização (NIF), realiza a captura do animal para posterior transferência dela para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Cuiabá. A medida é para garantir a segurança tanto da população como do animal.

Campanhas constantes 

Com campanhas permanentes alertando sobre o perigo de alimentar animais silvestres, em 2022 a Prefeitura intensificou o trabalho, voltando a reforçar os avisos sobre os perigos em março deste ano. A campanha educativa lembra que alimentar os animais é uma prática proibida e perigosa, tanto para a pessoa quanto para os animais.

Somente nesse ano, a Vigilância Epidemiológica do Município já registrou 12 ataques, número que subiu para 13 com o ataque do último domingo. Ocorreu um registro em janeiro, um em fevereiro, nove em abril e dois em maio.

O secretário de Agricultura, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia (Samatec), Marcelo Lincoln, frisa que devido ao hábito de ser alimentados, os animais acabam “tomando confiança e se aproximando das pessoas, o que acaba gerando o ataque, pois eles vão em busca de comida”, destaca. “No caso específico dessa macaca ela é bem conhecida dos visitante e se aproxima com facilidade, infelizmente esse contato levou a essa situação do fim de semana que lamentamos muito”, completa.

Há placas em todos os espaços verdes solicitando que a população não alimente os animais; a orientação é para que todos observem esses pedidos e não alimentem para proteção do animal e proteção própria

Soro antirrábico 

Como o macaco pode transmitir zoonoses – doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas; há sempre a necessidade de aplicação do soro antirrábico. Infelizmente no domingo, não havia doses disponíveis para aplicação e o paciente precisou ser transferido para receber o medicamento.

Vale lembrar que a falta de soro antirrábico é um problema recorrente enfrentado pelo país. No Brasil, há apenas um laboratório que fornece o medicamento e o mesmo não consegue atender a demanda do país todo. Recentemente, em abril, o Ministério da Saúde, emitiu a Nota Técnica 23/2023 reforçando que os estoques estão limitados e o repasse aos estados e municípios está comprometido.

Novamente, há a recomendação, do próprio Ministério para que a população evite áreas com possíveis ataques de animais peçonhentos.

Pedido estendido

Ainda, a Prefeitura alerta que o pedido para que a população não alimente nenhum animal se estende para todas as espécies presentes no Parque Ecológico, no Marco Zero e em áreas verdes, quer seja macaco, pássaros, tartarugas, patos e também os peixes.