O prefeito Ari Lafin assinou na manhã de ontem (28) o decreto 528/2021 que oficialmente criou o Comitê Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e Urbanos. Em discussão e processo de criação desde o início de abril, além da Prefeitura Municipal, o Comitê reúne diversas instituições como o Sindicato Rural, o Clube Amigos da Terra (CAT), a Aprosoja, o Corpo de Bombeiros Militar (BM), a Polícia Militar (PM), a Polícia Judiciária Civil (PJC), associações empresariais e concessionárias de rodovias. O comitê é presidido pelo secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Marcelo Lincoln e foi dividido em vários grupos de trabalho para atuar tanto na prevenção, conscientização e no combate a possíveis incêndio.
Entre as metas estão a realização de atividades planejadas e executadas de forma transversal e articulada tanto pelas instituições que integram o Comitê quanto por parceiros.
Ari Lafin frisa que todos os anos Sorriso realiza o trabalho de acompanhamento de ocorrências relativas à incêndios.
“Com a criação do Comitê queremos ampliar esse trabalho e destacar também a importância da ação preventiva que os produtores rurais realizam em suas propriedades”, explica. “Claro que a meta é prevenir, mas caso aconteça algo precisamos estar preparados para atuar”, salienta Ari.
O presidente do Comitê, Marcelo Lincoln, destaca que um dos objetivos é fazer um mapeamento das áreas de risco de incêndios no Município, visando o armazenamento de registros em um banco de dados que será mantido e gerenciado pela SAMA.
“Ainda em abril nos organizamos para avançar na discussão de como atuar; também buscamos o apoio de outras instituições, como a Câmara de Vereadores e universidades, por exemplo, para que esse processo se dê de maneira ininterrupta”, comenta.
Lincoln acrescenta que a função central do Comitê é, além de atuar na prevenção de incêndios por meio da sensibilização de toda a comunidade, também agir de maneira articulada e imediata no combate a possíveis incêndios, que “esperamos que não aconteçam”.
Ainda no fim de abril, Lincoln e o prefeito Ari Lafin apresentaram o escopo do projeto à ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cistina, e também ao ex-ministro do Ministério do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para pedir apoio ao projeto e se colocar à disposição do Governo Federal para atuações conjuntas.
Na sequência, em maio o escopo foi discutido em Cuiabá em um encontro que reuniu os secretários municipais Marcelo Lincoln (Agricultura e Meio Ambiente); Milton Geller (Obras e Serviços Públicos), Leonir Capitâneo (Transportes) e José Carlos de Moura (Segurança, Trânsito e Defesa Civil), a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzareti e representantes do Corpo de Bombeiros Militar.
“Precisamos quebrar este paradigma que relaciona o produtor rural à destruição das florestas, incutindo ao produtor o estereótipo de alguém que provoca queimadas”, aponta o prefeito, Ari Lafin, esclarecendo que a preservação da floresta é indispensável para o agronegócio, que só é rentável quando alicerçado nos princípios da sustentabilidade.
Ari acrescenta que Sorriso, localizada no “coração do Mato Grosso é a cidade brasileira com a maior produção agrícola”.
Nos 600 mil hectares de área produtiva de Sorriso, destacam-se commodities como soja, milho e algodão, com estimativa de produção – em toneladas – para a safra 20/21, de 2,1 milhões, 3,5 milhões e 167 mil, respectivamente, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e “preservar o meio ambiente é fundamental para dar continuidade a esse trabalho”, destaca.
O prefeito também lembra que Sorriso é a sede da primeira Base Aérea de Combate a Incêndios Florestais da Amazônia, localizada no Aeroporto Regional Adolino Bedin. A base é o ponto de partida das aeronaves que poderão auxiliar no controle e combate a incêndios em toda a região norte do Mato Grosso.