O aumento no número de casos de tuberculose em crianças de 0 a 9 anos preocupa a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), por meio da Vigilância Epidemiológica Estadual. A Ses emitiu um alerta a 60 municípios.
A tuberculose é uma doença de notificação compulsória ao Estado, que é diagnosticada e tratada inicialmente pela Atenção Primária dos municípios. O alerta aponta que foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) um número elevado de 331 crianças com tuberculose, no período de 2015 a 2020, nos seguinte municípios:
Água Boa, Alta Floresta, Alto Araguaia, Alto Paraguai, Alto Boa Vista, Araputanga, Apiacás, Arenápolis, Barão de Melgaço, Barra do Bugres, Barra do Garças, Bom Jesus do Araguaia, Brasnorte, Cáceres, Campinápolis, Campo Novo do Parecis, Canarana, Castanheira, Cocalinho, Colíder, Comodoro, Confresa, Cuiabá, Diamantino, Feliz Natal, Guarantã do Norte, Jaciara, Jangada, Jauru, Juara, Juína, Juscimeira, Lucas do Rio Verde, Marcelândia, Matupá, Nova Canaã do Norte, Nova Nazaré, Novo Horizonte do Norte, Novo Mundo, Peixoto de Azevedo, Pedra Preta, Pontes e Lacerda, Porto Espiridião, Primavera do Leste, Porto Estrela, Querência, Rio Cascalheira, Rondonópolis, Rosário Oeste, Santo Antônio do Leste, Santo Antônio do Leverger, São José do Rio Claro, São Félix do Araguaia, São José do Xingu, São José dos Quatro Marcos, Santa Terezinha, Sapezal, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra e Várzea Grande.
O alerta explica que as possíveis causas para o aumento de casos em crianças podem ser a descontinuidade das ações de rotina como busca ativa de casos; identificação precoce e exame de Sintomático Respiratório (SR); não realização de Tratamento Diretamente Observado (TDO); falta de priorização das ações de controle da tuberculose e baixa realização de exames de contatos para os casos já notificados.
“Alertamos os profissionais de saúde para redobrarem a atenção no diagnóstico e tratamento da tuberculose, pois esse aumento de casos entre crianças pode representar o descontrole da doença, já que onde se identifica criança doente significa que ela foi infectada por um adulto doente sem tratamento”, destaca a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES-MT, Márcia Aurélia Esser Veloso.
Entre as orientações da SES, para que os municípios enfrentem essa situação, estão o monitoramento no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) dos contatos de casos confirmados e se os mesmos já foram avaliados; o mapeamento das unidades de saúde que registraram os casos entre crianças para desenvolver atividades de busca ativa, além da criação de estratégia para mitigar o número de casos e realizar tratamento diretamente observado para todos os casos confirmados de tuberculose.