Secretaria de Meio Ambiente de MT proíbe soltura de predadores de piranhas no Lago do Manso sem autorização

Fonte: CENÁRIOMT COM INF. G1 MT

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Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) proibiu a soltura de peixes predadores de piranhas no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, sem autorização. Na semana passada, donos de imóveis na região anunciaram uma campanha por contra própria para comprar predadores da espécie para evitar ataques de piranha na região.

Nesta semana, a Coordenação do Grupo Salve o Mando das Piranhas solicitou emergencialmente e os deputados Elizeu Nascimento e Janaína Riva enviaram um ofício à secretaria requerendo cópia do resultado do estudo feito em 2011, quando ocorreram os primeiros ataques de piranhas no Lago do Manso.

O deputado Elizeu solicitou ainda que a Sema esclareça o motivo de não autorizar a soltura do peixe da espécie Tucunaré, para controle das piranhas.

Conforme o documento, a secretaria tem sete dias para responder aos questionamentos.

Uma reunião foi realizada, nessa segunda-feira (22), pela Coordenação do Grupo Salve o Manso das Piranhas, para discutir as ações com a Sema, Secretaria de Turismo, e representantes do governo.

Em nota, a Sema disse que a proibição segue o decreto 337/2019, que disciplina o procedimento de licenciamento ambiental para cultivo de espécies de peixes.

“A secretaria esclarece que o lago do Manso, por ser um ambiente de ecossistema lêntico, nos quais a água apresenta pouco ou nenhum fluxo, é propício ao desenvolvimento de peixes como a piranha. Estes peixes normalmente são atraídos por sons de frutas e sementes que caem de árvores e batem na água. Eventualmente, poderão haver ataques a pessoas ou animais e, para que isso ocorra a piranha precisa de um chamariz”, explica.

Ainda segunda a secretaria, a população deve evitar jogar comida e entrar na água com qualquer lesão não cicatrizada no corpo para que os peixes não sejam atraídos.

“Outra recomendação, é realizar o cercamento de quiosques que ficam dentro da água com sombrites ou outro tipo de tela que permita a passagem da água e impeça o trânsito de qualquer tipo de peixe”, explica.

De acordo com a secretaria, o interessado em soltar predadores na região deve protocolar a solicitação prévia de peixamento junto à Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema com três meses de antecedência. O processo de soltura deve ser acompanhado por um responsável técnico acompanhado de ART.

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