Alunos da Escola Municipal Buriti, do Distrito de Vila Aparecida, no município de Cáceres (a 234 km de Cuiabá), tiveram um dia com programação esportiva e de entretenimento no último sábado (02). A ação “Futebol para Crianças” é resultado das ações preventivas do Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron) com o Canil Integrado de Fronteira (CanilFron) e o Grêmio recreativo da Unidade, que busca levar lazer para as crianças das comunidades da região fronteiriça.
Os policiais do Gefron e cerca de 60 alunos dividiram o campo poliesportivo em partidas de futebol, onde o que predominou foi o lazer e a interação. Também no espaço da unidade escolar, vários objetos de utilização do Grupamento no enfrentamento à criminalidade na fronteira que os participantes estavam expostos, como armas, munições e coletes. O objetivo é demonstrar como é feita a atividade operacional na região.
Os cães do Canifron também participaram da programação. Ao final da competição, cada aluno recebeu um kit com um colete duplo, short e um par de meião. O projeto conta com o apoio da prefeitura do município e demais parceiros.
O coordenador do Gefron, tenente-coronel PM José Nildo de Oliveira, disse que esta é mais uma atividade preventiva desenvolvida pela Unidade com o objetivo de aproximar a polícia com a comunidade.
“Atuamos fortemente na fronteira com atividades repressivas, mas entendemos também que o trabalho preventivo é muito importante. A cada encontro que fazemos nas escolas vemos surtir efeitos positivos na comunidade. Nosso objetivo é interagir com outros projetos e trazer estas crianças para participar de atividades em outras cidades”, assegurou.
O “Futebol para Crianças” é o terceiro projeto do Gefron desenvolvido na comunidade. O primeiro foi “Gefron em minha comunidade”, lançado em junho passado, e que percorre escolas dos municípios transfronteiriços com palestras e programações de lazer.
Reabilitação
Outro projeto do Gefron desenvolvido em Cáceres é o “Cãominhar”, que utiliza os cães do Canifron para reabilitação de crianças com autismo e paralisia cerebral. A ação é realizada no Centro de Reabilitação. Quatro cães são utilizados em sessões de fisioterapia uma vez por mês.
Segundo a policial Vanessa Miranda, que acompanha a reabilitação das crianças com os cães, o emprego do animal nas atividades de terapia possibilita que o paciente fique mais motivado e espontâneo durante as sessões, mas alerta que o trabalho não pode ser feito com qualquer criança.
“Os menores precisam primeiro se interessar pelo tratamento com o animal. Aqui na reabilitação os profissionais de saúde selecionaram os pacientes que serão atendidos pelo projeto. Quando a gente coloca o cão na sessão, tiramos o foco da dor da pessoa e passamos para o animal”, argumentou.
Ao todo, dez cães auxiliam as instituições de Segurança Pública na faixa de fronteira entre Brasil e Bolívia. A unidade foi criada em outubro de 2013 e regulamentada em novembro de 2014. Os cães atuam em três frentes: faro de drogas, busca e resgate e captura, abordagens de guarda. Os cães farejadores são os mais empregados nas ações policiais.