O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), que há semanas atrás defendeu a flexibilização da quarentena em Mato Grosso, alertou esta semana para a possibilidade de as atividades voltarem a ser restringidas no Estado. De acordo com o democrata, a expectativa é de que a retomada dos serviços – que ocorreu sob pressão dos setores – aumente a incidência de casos da Covid-19.
“Se aumentar os casos, nós vamos fechar novamente. Todos têm que estar preparados psicologicamente para isso. Porque quando abrir vai haver um grande aumento e talvez tenhamos que isolar de novo. Temos que entender que essa abertura será gradual e monitorada e, se aumentar os casos, os prefeitos terão que tomar novas posições. É uma situação pela qual vamos passar”, disse o deputado.
Na semana passada, o governador Mauro Mendes (DEM) autorizou a realização de eventos religiosos e a utilização de parques estaduais, com restrições. O Governo ainda orienta que os municípios só tomem medidas restritivas mais rígidas do que as contidas no decreto, na hipótese de a taxa de ocupação dos leitos públicos de UTI exclusivos para pacientes da covid-19 ultrapassarem a faixa de 60%, ou se a medida for devidamente fundamentada.
Vale destacar, porém, que as normas contidas no novo decreto são apenas orientativas, uma vez que a Justiça definiu que a decisão de retomar ou não as atividades cabe aos prefeitos.
Em Cuiabá, por exemplo, cidade que até o momento registra o maior número de casos de coronavírus em Mato Grosso (138), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) determinou a reabertura gradativa do comércio a partir desta semana.
Segundo Pinheiro, a flexibilização dos decretos ocorre em obediência às diretrizes do Ministério da Saúde, que autoriza a retomada gradual das atividades nas cidades em que a capacidade instalada dos seu leitos não tenha atingido 50% da ocupação.