Moradores de Itanhangá, região norte de Mato Grosso, voltaram a fazer manifestação contra ação do Incra na localidade. Na terça-feira (23), o órgão federal iniciou a reintegração de posse do assentamento Itanhangá/Tapurah deixando a população revoltada.
Um grande número de pessoas se reuniu nesta sexta-feira (26) no salão paroquial do município protestando contra a retirada de famílias do local. A mobilização pedia a paralisação das ações do Incra e a retomada dos lotes do assentamento pelas famílias que já estavam no local.
A situação também chegou ao conhecimento da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso). Em vídeo compartilhado nas redes sociais, o presidente Vilmondes Tomain declarou que a entidade está atenta ao que está ocorrendo em Itanhangá. “Essas desapropriações que tão acontecendo aí, nesse município. Contem com a Famato, nós estamos aqui analisando, estudando o que está acontecendo aí”, disse.
Tomain afirmou ainda que, dentro da questão legal, do cumprimento da lei, a Famato coloca o departamento jurídico para atender os produtores rurais que forem afetados pela ação do Incra. “(O departamento jurídico) já está analisando e estará à disposição de vocês para o cumprimento do direito legal da propriedade, pra dar segurança às pessoas que estão praticando atividades dentro dessas propriedades”.
O deputado estadual Gilberto Cattani também compartilhou vídeo por meio de suas redes sociais. O parlamentar pediu que outros assentados também se manifestem em solidariedade aos produtores itanhangaenses e disse que foi informado por moradores locais de que a iniciativa do Incra é um balão de ensaio e que outros assentamentos poderão passar pela mesma situação. Cattani disse que não tem condições de ir a Itanhangá e pediu que outros parlamentares mato-grossenses, da esfera estadual e federal, ajudem a proteger o direito dos produtores que estavam assentados em Itanhangá e estão sendo retirados de suas propriedades.