A Polícia Civil tenta identificar o homem que agrediu uma travesti, de 15 anos, no Centro de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, nessa quinta-feira (17).
“É algo que acontece muito e a gente não pode deixar isso passar, é um absurdo”, pontuou.
Após ser agredida, a adolescente procurou a Polícia Civil para denunciar o caso. Ela teve oito dentes quebrados após levar uma pedrada no rosto.
Uma pessoa que passava pelo local gravou um vídeo do momento da agressão.
Primeiro um homem joga pedras no rosto da adolescente e, em seguida, tenta continuar a agressão, mas é interrompido por um homem que passava no local.
A vítima disse que estava passando próximo ao pátio da rodoviária quando o suspeito começou a assediá-la.
“Depois ele se aproximou de mim e ficou me agredindo verbalmente e, em seguida, jogou a pedra”, contou.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Tales Passos, avaliou que é necessário o estado tomar medidas, como investir na educação e leis mais rígidas, para que essas situações sejam evitadas.
“A cada 19 horas morre um homossexual vítima de violência. O Brasil está em um nível internacional na lista dos países que mais se mata homossexual”, afirmou.
Aumento de casos
Os homicídios de vítimas LGBTs (lésbica, gay, bissexual, travestis e transexuais) aumentaram em 66% entre 2016 para 2018, em Mato Grosso. Quinze pessoas foram assassinadas vítimas de homofobia no estado, de acordo com dados do Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH) da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).
As mortes motivadas por homofobia foram de sete, em 2016, para 14, no ano seguinte. Em 2018 foram 15. Já em 2011, os casos eram nove, seis em 2013 e 10 em 2014. O ano de 2015 registrou sete homicídios por motivação homofóbica em Mato Grosso.