A polícia investiga o corpo carbonizado encontrado dentro de um carro incendiado na zona rural de Sinop, no norte de Mato Grosso, e trabalha com a hipótese de que a vítima tenha sido executada por ordem do Comando Vermelho. O cadáver estava no interior do veículo e apresentava sinais de amarração, o que reforça a suspeita de homicídio.
De acordo com informações apuradas, a polícia acredita que o corpo seja de Adriano Soares de Souza, de 42 anos. A confirmação oficial da identidade depende de exame de DNA, que ainda não tem prazo para conclusão.
O caso veio à tona após moradores acionarem o Corpo de Bombeiros por causa de um carro em chamas na Estrada Adalgiza, área rural do município. A ocorrência inicialmente foi tratada como incêndio veicular, sem indícios imediatos de crime.
Durante o combate ao fogo, os bombeiros localizaram um corpo no interior do automóvel. A vítima estava posicionada atrás do banco do motorista, com pés e mãos amarrados, o que mudou completamente o rumo da ocorrência.
Diante da situação, foram acionadas a Polícia Civil, a Polícia Militar e a Politec para os procedimentos de perícia e início da investigação. A área foi isolada para coleta de vestígios que possam ajudar a esclarecer o crime.
Suspeita de execução por facção
Segundo a linha inicial de investigação, a motivação do assassinato pode estar ligada a um suposto descumprimento de regras impostas pela facção criminosa. A principal hipótese é que a vítima estaria comercializando drogas na região sem autorização de lideranças do grupo, o que teria resultado em uma chamada “sentença” interna.
Esse tipo de punição é caracterizado por execuções planejadas, geralmente acompanhadas de sinais de intimidação, como amarrações e ocultação do corpo. A polícia, no entanto, evita cravar conclusões antes da confirmação da identidade e do avanço das diligências.
Uma testemunha relatou às autoridades ter visto um casal nas proximidades do local antes da chegada do Corpo de Bombeiros. A informação está sendo analisada e pode ajudar a reconstituir os momentos que antecederam o incêndio do veículo.
Investigadores também buscam imagens, relatos e outros elementos que possam indicar como o carro chegou ao local e se a vítima já estava morta quando o incêndio começou. Cada detalhe coletado na cena é considerado essencial para o inquérito.
O crime segue sob investigação da Polícia Civil, que aguarda o resultado do exame de DNA para confirmar oficialmente a identidade do corpo e avançar na apuração da autoria. As informações são baseadas em apuração da reportagem e dados repassados pelas forças de segurança que atuam no caso.



















