Em um espaço de cinco meses, janeiro a junho desse ano, 37 dos 65 principais produtos produzidos pela agricultura familiar tiveram aumento no preço. O apontamento é feito pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), em pesquisa de preços realizada na Central de Abastecimento de Cuiabá, que abastece o comércio atacadista e varejista de hortifrutigranjeiros da capital e região.
A maior alta foi registrada no preço da pimenta-de-cheiro, que no início do ano a caixa com 8kg custava R$ 100, e nesta semana está ao preço de R$ 280, com uma alta de 180%. Em seguida aparecem o quiabo, morango e o milho verde, que dobraram de valor em um prazo de cinco meses. A caixa de 12kg do quiabo de R$ 50 passou a custar R$ 100. Já a caixa com quatro bandejas de morango de R$ 20 saltou para R$ 40, e o saco de 18kg de milho está sendo vendido a R$ 120, sendo que em janeiro essa mesma quantidade era vendida a R$ 60.
As causas para esses aumentos, segundo a técnica de desenvolvimento econômico da Seaf, Doraci Siqueira, estão nos custos de fertilizantes, insumos e combustíveis, que subiram nos últimos meses. “Além disso, a diminuição da oferta desses produtos, com a redução da área plantada, e a grande procura por eles ajudaram a puxar os valores para cima”, acrescenta a técnica da Seaf.
Baixa
Na contramão do aumento aparecem a banana maça, limão tahiti, abacate e o jiló. A caixa com 20kg da banana maça está ao preço de R$ 50, sendo que essa mesma quantidade em janeiro era de R$ 115, representando uma queda de 55%. O limão thaiti, que em 2020 chegou a ser vendido a R$ 130 o saco com 20kg, no começo do ano era comercializado a R$ 60 e hoje é vendido a R$ 40, redução de 35%. A caixa de 18kg de abacate de R$ 140 passou a ser vendida a R$ 100, uma baixa de 28% no valor. E o jiló, caixa 15kg, de R$ 80 baixou para R$ 60.
“A explicação para essas quedas se devem por estarmos no período de colheita. Tanto dentro como fora do Estado teve uma produção alta. Tem muita oferta do produto no mercado local, o que explica esses valores mais baixos”, explica Doraci Siqueira.