Quase 10 anos depois, a Polícia Civil conseguiu prender um homem apontado como o principal suspeito de ter sequestrado e assassinado Andrelina Lima Marques, de 10 anos, em Nova Olímpia, a 207 km de Cuiabá. A menina desapareceu às vésperas do Dia das Crianças, no dia 11 de outubro de 2011.
O criminoso, 50 anos, era vizinho de Andrelina à época e, segundo a Polícia Civil de Mato Grosso, abusava da criança. A investigação concluiu que o homem a matou e escondeu o corpo dela para que o crime sexual não fosse descoberto.
A prisão ocorreu no dia 12 de maio em Goiânia, Goiás, e foi divulgada nesta segunda-feira (31) pela Polícia Civil de Mato Grosso.
Segundo o delegado Adil Pinheiro de Paula, ele foi interrogado pela Polícia Civil de Goiás, mas não confessou o crime e nem indicou o local onde o corpo da criança foi enterrado.
Ele usava documentos falsos, teve a prisão decretada e estava foragido há quase 10 anos.
A Polícia Civil de Goiás acredita que ele seja um matador em série.
O criminoso morou em seis estados diferentes durante esse período para escapar da prisão. Ele foi preso em Goiás por uso de documento falso, mas acabou descoberto por ser foragido. O preso também é suspeito de matar o próprio pai em Alagoas e cometer outros crimes em Mato Grosso do Sul.
O vizinho chegou a ser ouvido pela polícia à época do desaparecimento e negou o crime. Em 2019, após ser identificado pela polícia como autor do crime, o caso foi arquivado.
O delegado o indiciou pelos crimes de estupro, homicídio e ocultação de cadáver.
Caso Andrelina
A criança morava com os pais e mais três irmãos no bairro Jardim Boa Esperança, em Nova Olímpia. Andrelina saiu de casa no dia 11 de outubro de 2011 por volta das 15h para ir à casa de uma vizinha da mesma idade e desde então não voltou.
Ela havia avisado a mãe que iria à casa da amiga para chamá-la para uma comemoração do Dia das Crianças. No intervalo de ir até a vizinha e voltar pra casa, ninguém mais a viu. Os familiares contam que o desaparecimento da garota causou sequelas psicológicas e emocionais graves na mãe da criança.
Inúmeras buscas foram feitas, mas Andrelina nunca foi encontrada. O inquérito que investigava o desaparecimento dela já havia passado por, pelo menos, quatro delegados. A família, de origem humilde, nunca perdeu as esperanças de encontrá-la.