O Município de Nova Ubiratã entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a suspensão das eleições em Boa Esperança do Norte, recentemente criada no estado de Mato Grosso. A ação argumenta que ainda está em andamento no STF um recurso que questiona a legalidade da criação do novo município, ocorrida em 2023, o que, segundo Nova Ubiratã, pode resultar em “insegurança jurídica e danos irreparáveis”.
Na ação, Nova Ubiratã alega que a criação de Boa Esperança do Norte não atendeu a todos os requisitos legais exigidos, e que a existência do novo município poderia causar prejuízos significativos. A principal preocupação é a perda de território: mais de 300 mil hectares foram desmembrados de Nova Ubiratã para formar Boa Esperança do Norte, o que, de acordo com a ação, poderia levar o município a uma situação financeira insustentável.
“Autorizar a criação de um novo município, sem uma análise aprofundada das evidências e antes de uma decisão final do recurso, coloca Nova Ubiratã em risco de insolvência”, afirma um trecho da ação.
O pedido será analisado pelo ministro Gilmar Mendes, que decidirá se a eleição, prevista para este ano, será ou não suspensa.
Enquanto isso, Boa Esperança do Norte se prepara para as eleições, com 4.243 eleitores registrados. Duas chapas estão na disputa pela prefeitura: uma encabeçada pelo atual subprefeito, Calebe Francesco Francio (MDB), com Jair Obragão (PL) como vice, e outra liderada por Demétrio Cavlak Garcia (DC), que tem Sandro Luiz Guarnieri (Republicanos) como vice.