Ao longo do ano de 2018, Mato Grosso registrou 916 homicídios. Isso significa uma média de 2,5 mortes por dia. Em 2017, o Estado contabilizou 985 homicídios, o que representa uma média de 2,6 diariamente. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2019.
Os dados apontam também que 28,4 pessoas foram mortas a cada grupo de 100 mil habitantes em 2018. No ano de 2017 o percentual está em 31,5, seguido por 35,5 no ano de 2016.
Mato Grosso também registrou 1.316 tentativas de homicídios em 2017. No ano seguinte foram 1.229. Isso significa uma redução de 9,3% de um ano para o outro. Nos casos de lesão corporal foram 14.062 em 2017, seguidos por 13.649 em 2018, ou seja, houve uma redução de 5,7%.
Em Cuiabá os dados de homicídio doloso apontam que foram 142 em 2017 e 114 em 2018. Nos dois anos respectivamente, foram 11 e 10 latrocínios registrados. Já no caso de lesão corporal seguida de morte, a capital registrou apenas uma e no ano de 2018.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelo Tesouro Nacional, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública.
No Anuário 2019 de informações e análises criminais divulgado nesta semana pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Mato Grosso está classificado no grupo das unidades federativas com maior qualidade dos registros estatísticos e prestação de informações. O grupo reúne 13 Estados do país que fornecem informações confiáveis.
O FBSP publica todos os anos dados e análises da estatística criminal e, como parte da metodologia aplicada no levantamento, classifica as informações prestadas pelos Estados, dividindo os grupos de acordo com a qualidade dos registros de mortes violentas intencionais. O estudo é bienal e a última atualização foi feita em 2018.
O secretário adjunto de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, Wylton Massao Ohara, destaca que Mato Grosso é referência entre as unidades da federação no fornecimento de dado qualitativos e quantitativos.
“Isso demonstra o caráter técnico e responsável que as estatísticas criminais são tratadas em nosso Estado”, frisa Massao, acrescentando que informações mais completas se refletem também na qualidade da prestação de serviços à sociedade.
A coordenadora de Estatística e Análise Criminal da Sesp, Tatiana Eloá Pilger, explica que Mato Grosso vem se mantendo há aproximadamente 13 anos no grupo dos Estados que prestam informações com melhor qualidade.
“Atualmente as informações oriundas da Polícia Civil, da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Politec são centralizadas na coordenadoria, responsável pelo tratamento, análise e divulgação das estatísticas da Secretaria. Dessa forma, conseguimos reunir um número mais completo de números criminais e traçar um panorama mais fiel dos dados e fazer as análises necessárias”, destaca.
Redução criminal
De acordo com os números apresentados no Anuário 2019, Mato Grosso vem acompanhando a tendência nacional na redução de índices criminais – números gerais de homicídios, roubos e furtos. Considerando 2018, a redução apresentada de homicídios foi de 9,4%, enquanto que na série histórica de 2011 a 2018, a foi de 13,9% por taxa de 100 mil habitantes, tendência que a Secretaria de Estado de Segurança Pública vem buscando ano a ano, com trabalho focado na integração das forças policiais e no uso de tecnologia e inteligência aplicadas às ações.
“Desta forma, a tendência é alcançarmos redução também neste ano, com as ações que a Secretaria tem desenvolvido em todo o Estado para levar mais segurança aos cidadãos. Na região de Pontes e Lacerda, por exemplo, obtivemos redução de 62% nos casos de homicídios, no período de janeiro a junho deste ano, em comparação no mesmo período de 2018. Foi a maior redução regional, além de outras que alcançamos em diversas regiões de Mato Grosso”, comenta o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante.
“O caminho a percorrer é a integração policial, trabalho focado em inteligência e investigação e o uso da tecnologia para combater a violência, reduzindo os índices, especialmente os crimes contra a vida”, reforça Bustamante.