Representantes do Ministério Público Federal (MPF) e da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso (MT) realizaram uma reunião virtual para discutir o tempo excessivo de espera dos clientes nas agências bancárias dos municípios de Várzea Grande e Rondonópolis. O problema resultou na abertura de dois inquéritos civis no ano passado.
Durante a reunião, o procurador da República Matheus de Andrade Bueno propôs à Caixa a adoção de práticas para coibir casos de espera irrazoável. Uma das sugestões foi a implementação de mecanismos de alerta em casos de tempo de espera extremamente desproporcional.
Relatórios de fiscalização identificaram episódios com tempo de espera superior a 2 horas. Ficou acordado que nos casos em que a espera ultrapasse esse tempo, caberia ao gestor local a definição de medidas inibidoras, como a realocação momentânea de servidores em setores diversos da instituição financeira.
O procurador destacou que o atendimento adequado constitui um direito decorrente da legislação de proteção ao consumidor. Em um momento futuro, o MPF avaliará a efetivação do atendimento, analisando os casos de maior tempo de espera.
O MPF instaurou inquéritos civis em Várzea Grande e Rondonópolis para apurar possíveis irregularidades em relação ao tempo máximo de espera dos clientes da Caixa. Ambos os municípios têm legislação própria que estabelece o tempo máximo de espera para atendimento nas agências bancárias.
Essa medida visa garantir um atendimento minimamente digno aos consumidores, respeitando os limites de tempo estipulados pela legislação local.