Um mês após ganhar próteses para mãos, a mato-grossense Geiziane Buriola da Silva, de 33 anos, ainda enfrenta dificuldades financeiras. Ela, que teve as mãos decepadas pelo ex-marido, trabalhou grande parte de sua vida como diarista, mas hoje não sabe quando vai arranjar outro emprego e começar a ser independente novamente.
Geiziane conta que se sentiu muito grata quando recebeu as próteses, no dia 6 de fevereiro, e atualmente tenta se adaptar às mãos mecânicas. Dois dias de sua semana são dedicados à fisioterapia e, segundo ela, após muito esforço os resultados das sessões estão melhorando a cada dia, trazendo esperança de que futuramente ela possa ter de volta a autonomia de sua mão.
Apesar dos avanços, a diarista conta que seus movimentos ainda são básicos, como pentear os cabelos e vestir suas roupas de forma mais rápida. Com esses ganhos, fica esperançosa, mas a insegurança é um sentimento que a acompanha frequentemente, principalmente pela dificuldade financeira.
“Recebo um salário mínimo. R$ 300 vão para os meus filhos, que estão morando com a minha mãe. O que resta eu pago comida, aluguel, água… E o dinheiro não sobra. Quero conseguir um emprego, mas por enquanto não estou conseguindo”, explica.
Relembre o caso
Foi na noite do dia 10 de abril de 2017, em Campo Novo do Parecis, que a vida de Geisiane mudou completamente.
Na ocasião, o então marido, Jair da Costa, tentou matá-la desferindo diversos golpes de facão em seu corpo. Uma dessas facadas foi a que decepou as mãos e punhos da diarista.
À época, o agressor alegou que tentou matar Geisiane após flagrá-la com um amante, mas essa versão foi descartada pelas investigações. Ela conta que Jair já vinha planejando o crime havia dias, motivado unicamente pela maldade.
Após a agressão, Jair foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado, sem direito a apelar em liberdade.
Dificuldade financeira
Morando sozinha em outra cidade – cujo nome ela não revela por questão de segurança -, Geiziane conta com o apoio apenas de uma amiga que vai até sua casa e ajuda com as tarefas diárias.
Ela relata que gostaria de viver com os filhos novamente, construir uma família, mas não consegue se imaginar neste cenário, e vive com medo constante do marido voltar para se vingar.
Hoje, além de querer se adaptar completamente às próteses, a mato-grossense sonha em ser independente financeiramente, sem precisar da ajuda de terceiros. Essa situação a deixa angustiada, porque nem sempre há alguém que possa fazer doações no momento em que ela precisa.
“Hoje estava aqui fazendo comida e rezando para meu gás não acabar. Esse mês já não tenho dinheiro para comprar o gás. Para falar a verdade dependo dos outros para conseguir viver”, afirma.
Ela conta que no mês de maio estava planejando ir visitar seus filhos, de 8 e 14 anos, e sua mãe, porém devido a falta de dinheiro já não sabe se conseguirá. Por isso, a diarista apela para quem puder ajudá-la com qualquer quantia ou até mesmo com a divulgação de sua situação.
Para aqueles que tiverem interesse em ajudar financeiramente a mato-grossense podem depositar a quantia em sua conta na Caixa Econômica:
Agência: 3439
Tipo de conta: 013
Número da conta: 00027141-9
CPF: 051.855.559.39
