Um menino de cinco anos foi localizado dormindo ao lado do corpo da mãe, morta dentro da residência onde viviam em Cotriguaçu, na última quarta-feira (10). A cena foi identificada pela Polícia Militar e expôs imediatamente um caso de feminicídio no interior de Mato Grosso.
A vítima, Fabiana Amorim, de 37 anos, foi morta pelo marido, que acabou detido enquanto tentava fugir em uma balsa logo após o crime. A confissão do investigado ocorreu ainda na delegacia, onde afirmou que a discussão teria começado após receber dois tapas no rosto.
O primeiro atendimento ao menino foi prestado pelo Conselho Tutelar, que encontrou a criança em choque, com as roupas manchadas de sangue. As conselheiras relataram que o garoto estava muito assustado e buscou apoio físico imediato, abraçando uma das profissionais assim que a viu. A equipe providenciou roupas limpas e iniciou o acompanhamento necessário para garantir segurança emocional e física.
Segundo informações repassadas pelas autoridades, a intervenção rápida permitiu retirar o menino do ambiente onde o corpo da mãe ainda estava. O impacto psicológico da cena observada pela criança é tratado como prioridade no trabalho das equipes de proteção, que seguem monitorando sua reação ao trauma.
O suspeito foi encontrado pela polícia ainda em movimento de fuga, reforçando, segundo os agentes, a intenção de evitar a responsabilização. No depoimento, além de admitir o assassinato, relatou a discussão que antecedeu o ato. A Polícia Civil conduz as investigações e mantém o acusado sob custódia para o prosseguimento dos procedimentos legais.
Atenção às consequências para a criança
Após ser retirado do local, o menino permanece acolhido pelo Conselho Tutelar, que iniciou medidas emergenciais de cuidado e apoio emocional. A necessidade de acompanhamento psicológico foi destacada pela equipe que o atendeu, dada a gravidade da situação vivida por uma criança tão pequena.
Casos como esse expõem a urgência de ampliar mecanismos de proteção em ambientes onde há histórico de conflitos familiares. Embora cada episódio tenha particularidades, a presença de menores em cenas de violência doméstica reforça a importância da atuação conjunta de órgãos de segurança e assistência social.
Desdobramentos da investigação
A Polícia Civil segue trabalhando para detalhar a dinâmica do feminicídio e aguarda laudos complementares para concluir o inquérito. O menino continuará sob acompanhamento especializado até que seja definida a melhor alternativa de proteção e suporte emocional. A ocorrência foi divulgada conforme informações repassadas pelas equipes de segurança e pelo Conselho Tutelar.




















