Mato Grosso é o estado brasileiro mais atingido pelas queimadas, com 1.379 focos registrados. Em seguida aparecem Amazonas (1.205) e Pará (1.001). O município de Cáceres (MT) concentra o maior número de focos, com 237 registros.
Diante disso, Brasil enfrenta uma grave crise ambiental, com um aumento significativo nos focos de incêndio em todo o território nacional. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o país concentra 71,9% de todas as queimadas registradas na América do Sul nos últimos dias.
Até a sexta-feira (13/9), o Brasil contabilizou 7.322 focos de incêndio, seguido por Bolívia (11,2%), Peru (8,3%) e Argentina (4,3%). A situação é alarmante, especialmente nas regiões da Amazônia e do Cerrado, que vêm sofrendo com o avanço das chamas.
Desde o início do ano, o Brasil já acumula 180.137 focos de incêndio, representando 50,6% do total registrado na América do Sul. Esse número é 108% superior ao do mesmo período de 2023, evidenciando a gravidade da situação.
A Polícia Federal (PF) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, levantaram a hipótese de que parte dos incêndios florestais possa ser resultado de ações humanas coordenadas. A prática do uso do fogo para atividades agrícolas é proibida em áreas como o Pantanal e a Amazônia e pode resultar em penas de dois a quatro anos de prisão.
Impactos na saúde e no meio ambiente
O aumento das queimadas tem consequências diretas para a saúde da população, causando problemas respiratórios e afetando a qualidade do ar, principalmente nas regiões mais atingidas.
Além disso, os incêndios contribuem para a destruição da biodiversidade, intensificam as mudanças climáticas e causam prejuízos econômicos.
O Ministério do Meio Ambiente aponta a mudança climática como um dos principais fatores que intensificam os incêndios, com secas prolongadas em mais de 58% do território brasileiro.