Todos os dias as casas de dezenas de famílias luverdenses são visitadas por profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, que buscam levar atendimento de qualidade e humanizado para quem necessita desse serviço.
As visitas domiciliares em Lucas do Rio Verde são realizadas por duas diferentes equipes: a equipe de Saúde da Família, composta pelos profissionais que já atuam nos PSFs, e a equipe do Serviço de Apoio à Saúde Domiciliar, multiprofissionais que atendem especialidades não médicas e que atuavam no antigo Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf).
As equipes de saúde da família – dos PSFs – realizam as visitas aos pacientes com condições que impossibilitem o deslocamento até a unidade de saúde. Essas visitas são programadas e o paciente, ou um familiar, deve solicitar ao agente de saúde ou diretamente na unidade de saúde.
Conforme a Secretaria de Saúde, as visitas têm objetivo de avaliar o contexto familiar e doméstico, e orientar cuidados ao usuário e família para melhorar as condições de saúde, não só dos pacientes propriamente, mas também dos familiares, fortalecendo o vínculo da comunidade com a equipe das unidades de saúde.
“A depender da necessidade do paciente e da família, a equipe do PSF discute o caso e o possível projeto terapêutico para, assim, definir qual assistência é mais propícia para cada caso, quais profissionais e qual a frequência das visitas para os atendimentos”, explicou a supervisora de Atenção Básica da Saúde, Glaucia Accordi.
Outra modalidade
A outra modalidade de atendimento domiciliar ofertada pelo município, em funcionamento desde março deste ano, é feita pelo Serviço de Apoio à Saúde Domiciliar, que atualmente atende 102 pacientes no município. O serviço inclui acompanhamento nutricional, psicológico, fonoaudiológico, atendimento com fisioterapeuta, oxigênio domiciliar, além de cuidados de enfermagem e assistência social.
A coordenadora da equipe, a nutricionista Priscila dos Reis Tavares, esclarece como são feitos os atendimentos: primeiro, recebem a solicitação por meio de uma unidade de saúde, que pode ser por alta hospitalar no São Lucas ou ainda por meio do Pronto Atendimento Municipal (PAM). Também é possível que o pedido seja feito pelo PSF.
“O hospital, quando ele faz a alta do paciente, verifica que o paciente vai precisar do serviço, e nos avisam. A maioria dos nossos atendimentos acolhe idosos, pessoas sequeladas de AVC (Acidente Vascular Cerebral), pacientes em tratamento oncológico, pessoas que sofreram paralisia cerebral, além de crianças com outras necessidades especiais”, complementa Priscila.
Quando o pedido do atendimento é solicitado no PSF, seja pelo próprio paciente ou familiar, é realizada uma avaliação, em que se verifica o que realmente o paciente precisa. A partir daí, conforme a necessidade, também são programados os atendimentos domiciliares.
“Nossa equipe dá todo esse suporte. Ter um paciente com necessidades especiais dentro de casa é por vezes, exaustivo. O cuidador fica abalado e, por isso, muitas vezes, a psicóloga não atua somente com o paciente, mas também com o cuidador”, disse a coordenadora.
A responsável pela equipe acrescenta ainda que nessa modalidade de atendimento o cuidador é capacitado para conseguir cuidar do paciente em casa da melhor forma. “Orientamos sobre como dar o banho, como cuidar de escaras, manusear sonda, preparo da dieta enteral, tudo para promover o melhor possível em qualidade de vida ao paciente dentro das condições em que ele se encontra”, finalizou Priscila.
A Secretaria de Saúde ressalta que estes serviços são para atender pacientes que estão estáveis clinicamente e que não precisam de internação. O serviço de internação domiciliar é de alta complexidade e demanda de maior estrutura, sendo de responsabilidade do Estado.