Entre os dias 16 e 18 de agosto, a Secretaria de Educação de Lucas do Rio Verde recebeu a visita da doutoranda Eliane Alves da Silva, da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que está realizando uma pesquisa sobre merenda escolar em cinco regiões do Brasil. O município luverdense foi um dos escolhidos da região Centro-Oeste.
Intitulado “Aprendizagens para o desenvolvimento sustentável: casos do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) brasileiro”, sob orientação do professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Eugenio Avila Pedrozo, o estudo analisa a gestão da merenda escolar, principalmente relacionado à questão da aquisição de alimentos da agricultura familiar.
Durante os três dias na cidade, a doutoranda conheceu a organização do setor de merenda escolar, algumas escolas, a Padaria Municipal, o depósito da agricultura familiar para a merenda e a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do município, além disso, foi realizada visita a alguns agricultores locais para registrar as inovações e as boas práticas que a Prefeitura de Lucas do Rio Verde vem realizando ao decorrer dos anos.
Premiado nacionalmente pela gestão eficiente da merenda escolar, o município de Lucas do Rio Verde desenvolve boas práticas para ter merenda de qualidade, na quantidade e regularidade necessárias para o desenvolvimento dos alunos da rede pública de ensino.
“O sucesso do PNAE depende de sua operacionalização no município e muitos não atingem o mínimo necessário. Porém, há bons exemplos de gestão do programa que merecem ser estudados e replicados para todo o Brasil. Esse foi o caso do município de Lucas do Rio Verde-MT. Portanto, selecionado para participar desta pesquisa”, pontua a doutoranda Eliane Alves da Silva.
PNAE
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é uma política que tem como objetivo entregar merenda escolar aos estudantes da rede pública e com a publicação da Lei nº 11.947, em 16 de junho de 2009, passou-se a exigir que no mínimo 30% do valor de seu repasse seja utilizado na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar. Essa alteração possibilitou, além da melhora de aspectos nutricionais e alimentares dos estudantes, um potencial efeito na organização produtiva local.