Nesta terça-feira (23), como estratégia do Programa Saúde na Escola (PSE), a Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde, por meio das profissionais da área, ministrou uma palestra aos alunos do 9º ano da Escola Municipal Olavo Bilac. A iniciativa abordou sobre o impacto socioeconômico da gravidez na adolescência.
O PSE é um programa nacional que tem a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. A palestra é uma ação sobre saúde sexual e saúde reprodutiva de adolescentes e jovens, articulando os setores de saúde e de educação, com isso, objetivando a redução da infecção pelo HIV/DST e dos índices de evasão escolar causada pela gravidez na adolescência (ou juvenil), na população de 10 a 24 anos.
A adolescência é um período de transição entre a infância e a idade adulta, em que os jovens passam por um intenso desenvolvimento e grandes transformações. Todas as mudanças que ocorrem podem interferir no processo natural de maturidade e formação, trazendo curiosidades que levam os jovens a experimentar alguns comportamentos que fazem deles mais vulneráveis a riscos.
“Quando a escola e a saúde se unem na conscientização dos jovens e adolescentes, obtemos um resultado positivo. Em virtude de grandes acontecimentos e de perceber a necessidade da demanda, se faz necessário, nessa etapa de suas vidas, que esses adolescentes recebam informações corretas a respeito de sexualidade, dos riscos, precauções e cuidados, principalmente, porque cada vez se inicia mais precocemente a vida sexual, aumenta o índice de doenças sexuais e gravidez na adolescência”, pontuou a assistente social, Lara Reiz Basílio Andrade.
“Avaliamos no início do ano a demanda necessária para abordar com os alunos e falar de gravidez sem falar de paternidade precoce é falar de maneira parcial, focamos também na questão da paternidade e responsabilidade desses meninos, das formas de prevenção, dos aspectos legais de paternidade, auxílio alimentação, que eles correm o risco de terem que parar de estudar para trabalhar. Focamos na responsabilidade de todos os envolvidos”, conta a enfermeira Camila Pereira.
De acordo com a profissional, é objetivo do poder público fazer com que esses adolescentes não evadam da escola e, sempre que necessário, encaminham os casos para secretarias parceiras, como a de Saúde, de Assistência Social e de Educação.
As alunas Martha Kayllane e a Kathleen Brandão entenderam o recado. “Eu nunca imaginei que podíamos falar sobre isso dentro da sala de aula, isso é tão importante, e nós duas só conseguimos pensar que estamos de olho no nosso futuro, queremos nos formar, não é momento para engravidar, ter filhos e muito menos parar a nossa vida, queremos ser bem-sucedidas e, após isso, pensaremos como adultas e faremos boas escolhas”, pontuam as amigas.
Marta Brizolla, professora, conta que orientar os alunos nesta fase da vida é de suma importância para a prevenção de gestação. “Eu trabalho na educação há 20 anos e é a primeira vez que vejo esse tema sendo abordado com os alunos. Para mim, é de longe uma das melhores iniciativas da Saúde e da Educação”, finaliza.