A Prefeitura de Lucas do Rio Verde por meio da Secretaria de Saúde promoverá nos dias 26 e 28 de setembro, uma capacitação sobre Cefaleia voltada para médicos das unidades básicas de saúde. O curso será realizado no auditório do Paço Municipal, das 13h às 17h.
A qualificação foi uma solicitação para atualização, capacitação e treinamento dos profissionais da saúde, a fim de proporcionar ainda mais conhecimento na condução clínica da cefaleia nas unidades de saúde e, resolutividade para os pacientes, sem a necessidade de encaminhamento ao especialista de forma imediata.
O evento será em duas etapas, onde metade das equipes participarão no dia 26 e a outra metade no dia 28, o curso será ministrado pela neurocirurgiã e diretora técnica do Hospital São Lucas, Drª Catarine Ottobeli, a profissional ainda é membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
A cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça ou enxaqueca, nos estágios mais severos, é um dos problemas de saúde mais comuns em todo o mundo e por isso, é tema constante de estudos epidemiológicos. Especialistas estimam que até 75% dos adultos de 18 a 65 anos já sofreram com dores de cabeça.
Em uma conversa com a neurocirurgiã, Catarine Ottobeli, ela informa que é possível identificar que muitos dos casos encaminhados a eles poderiam ter sido resolvidos pelos generalistas, nas unidades, de forma satisfatória e mais rápida. “O objetivo da capacitação é o alinhamento e a aproximação do médico da atenção básica com a especialidade, é muito importante mostrar caminhos para nos tornarmos cada vez mais resolutivos na atenção primária e quem ganha é o paciente”, finaliza.
O primeiro estudo brasileiro feito sobre a doença no Brasil, por sete instituições de ensino, apontou que o problema afeta 20% das mulheres e 9% dos homens, em ambos os sexos, a maioria está na faixa etária dos 30 aos 39 anos. A dor crônica reduz a produtividade no mercado de trabalho e a qualidade de vida de quem sofre com ela.
“A cefaleia de forma primária pode e deve ser resolvida na atenção básica, nos postos de saúde, que de acordo com a literatura médica, estão preparados para resolver pelo menos 80% dos casos. Evitar esse encaminhamento desnecessário ao neurologista, é evitar fazer com que o paciente sofra na fila de espera por outra consulta, sem a resolutividade que deve fazer parte da rede primária. Com essa capacitação dos nossos médicos, promovemos acessibilidade ao paciente”, explica a secretária de Saúde, Drª Fernanda Heldt Ventura.