Casos de gripe aviária em países da América do Sul deixaram o Brasil em alerta. No mês passado, Colômbia, Peru e Equador, declaram estado de emergência sanitária animal. Nesses países foram registrados casos de gripe aviária de alta patogenicidade. Os serviços de saúde da Colômbia e Peru subtiparam os casos como influenza A H5N1.
Na sexta-feira (02) a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, publicou documento informando dos riscos. A comunicação de risco aborda a situação vivida nos países vizinhos e orienta a respeito das ações preventivas. A situação segue em monitoramento pelo CIEVS Nacional.
Conforme o documento, até o momento, não foi registrada circulação de gripe aviária de alta patogenicidade subtipada como Influenza A H5N1 em animais, nem em humanos no Brasil.
A gripe aviária é uma doença que acomete aves e é provocada pelo vírus influenza A.
O Ministério da Saúde recomenda o fortalecimento das ações de vigilância de influenza, em especial nas regiões produtoras de aves. As medidas de vigilância em saúde que deve ser adotadas para casos suspeitos de influenza estão descritas abaixo.
Nível de atenção
Em entrevista, o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo Santin, disse estar atento à situação.
O Brasil é o segundo maior produtor de frango, com 14,4 milhões de toneladas, comercializando 4,9 milhões de toneladas de carne de frango no exterior, sendo responsável por 35% das exportações mundiais.
Uma eventual chegada da gripe aviária ao país teria um impacto negativo e um prejuízo aos consumidores, inclusive, do mercado interno.
Santin ressaltou que o momento é de prevenção, controle e agilidade caso a doença venha a ser identificada. O presidente da ABPA reforçou a confiança nos órgãos de controle sanitário brasileiro. Porém, é necessário nível máximo de alerta.
Lucas do Rio Verde e região
A avicultura é uma das atividades-base da economia de municípios como Lucas do Rio Verde. Na região já estão sendo adotadas medidas para mitigar qualquer risco de introdução nas granjas. As unidades já limitaram as visitas e aumentaram o rigor com os procedimentos de entrada de pessoas e materiais.
Nos próximos dias devem ser anunciados protocolos de atuação dos órgãos de controle de sanidade animal no Estado, tendo em vista que a gripe aviária impacta a atividade na região.