O Governo do Estado realizou balanço das escolas que aderiram à greve deflagrada pelos servidores da secretaria da Educação nesta segunda-feira (27). De acordo com o levantamento, 322 das 767 unidades de ensino estão paralisadas.
Desde as primeiras horas desta manhã, a secretaria de Educação tem entrado em contato com a assessoria pedagógica de todas as escolas do Estado e concluiu que 42%, ou seja, menos da metade das unidades de ensino, pararam de funcionar.
Ainda de acordo com o levantamento, 360 escolas (47%) ainda estão funcionando normalmente, além de outras 15 que estão com o funcionamento parcial.
O Estado também contabilizou que 61 escolas ainda estão realizando assembleias e que não houve contato com seis unidades.
Na última semana, após assembleia, os professores da rede pública do Estado decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, por conta das ações do Governo em relação a Lei da Dobra do Poder da Compra e da Revisão Geral Anual (RGA).
A lei em questão, aprovada pelo ex-governador Silval Barbosa, em 2013, concede o direito do aumento de 7% anualmente na remuneração dos professores, além da RGA por dez anos.
Para o secretário de Fazenda, atender o pedido da categoria seria uma medida populista e irresponsável por parte do Governo, o que poderia causar enormes prejuízos a sociedade nos próximos meses e faria com que o governador Mauro Mendes (DEM) respondesse por improbidade administrativa.
“A lei não permite e se nós fizermos estaremos sendo populistas e vamos colocar toda sociedade em prejuízo. O servidor ia receber com atrasos, teríamos que demitir servidor e ainda assim teríamos que aumentar a carga tributária. Ninguém quer isso. É um problema de ordem legal e não podemos fazer, sob pena de o governador responder por improbidade administrativa” explicou.