A pesca recreativa em tablados, praticada na região do baixo Rio Cuiabá, introduz aproximadamente R$ 7,8 milhões na economia local durante o ano, conforme levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O estudo foi baseado em uma dissertação de mestrado desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Conservação da Biodiversidade (PPGECB).
A partir de dados de um questionário semi-estruturado feito com pescadores escolhidos aleatoriamente durante um final de semana na região, os pesquisadores concluíram que, incluindo alimentação, bebida, transporte, apetrechos de pesca, iscas e outros, um pescador gastava, em média, R$ 175 para um dia de pesca.
Considerando as 174 plataformas ativas na época do questionário (2018), se todas estiverem ocupadas com ao menos um pescador durante todos os finais de semana do mês, seriam 1.392 pescadores ativos/mês. Já, se estiverem totalmente ocupadas (4 pessoas por plataforma), o número saltaria para 5.568 pescadores/mês. Assim, a atividade de pesca recreativa estaria inserindo na economia entre R$ 1,9 milhão e R$ 7,8 milhões todo ano.
De acordo com os pesquisadores, esse valor é uma estimação baixa, já que foram usados para a conta apenas os pescadores que iam para os tablados e voltaram no mesmo dia. Pescadores que ficavam na região durante todo o final de semana, mesmo sendo em menor número (menos de 8% do total), deixavam para a economia, em média, R$ 4,7 mil por viagem, incluindo, neste caso, também a hospedagem.
A pesquisa foi publicado na “Fisheries Management and Ecology” e usou como base os dados coletados para a dissertação de mestrado do pesquisador Brayan Allan R. Massaroli.