A Justiça de Mato Grosso mandou soltar os quatro seguranças da Fazenda Agropecuária Bauru (Magali), em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, presos após um suposto confronto armado, no domingo (6). Na ocasião, uma pessoa foi morta e outras nove ficaram feridas.
Segundo a Polícia Civil, após a decisão judicial os seguranças foram escoltados pela Gerência de Operações Especiais (GOE) por boatos de agressões contra eles.
Em depoimento, os seguranças afirmaram que reagiram a invasão de posseiros que, segundo eles, estavam armados.
Os quatro seguranças foram presos em flagrante por um homicídio consumado e nove tentativas de homicídio. Elizeu Queres de Jesus, 38 anos, morreu depois de ser atingido por vários disparos de arma de fogo.
A prisão, entretanto, foi relaxada pelo juiz Alexandre Sócrates Mendes, da 2ª Vara de Juara, a 690 km de Cuiabá.
“A presente tragédia se deu em virtude do comportamento abusivo e ilegal dos posseiros, que mesmo após o Poder Judiciário ter deferido a posse da fazenda aos seus proprietários, com o cumprimento da decisão com o auxílio da força policial, os aludidos posseiros resolveram então invadir novamente a propriedade”, diz trecho do despacho.
Conforme a polícia, há indícios de que os posseiros não estavam armados, pois só foram encontradas cápsulas de armas de mesmo calibre dos seguranças da propriedade rural.
Foram apreendidas quatro armas de fogo, sendo uma espingarda calibre 12, duas pistolas 380, e um revólver, calibre 38.
Uma força-tarefa foi montada para apurar o caso. Compõem esse trabalho agentes da Polícia Civil, Polícia Militar, Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Cuiabá e Instituto Médico Legal (IML), também da Capital, além do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).