A Justiça de Mato Grosso mandou soltar o ex-secretário adjunto de Gestão de Saúde de Cuiabá, Flávio Taques, preso durante a Operação Sangria, deflagrada pela Polícia Civil em dezembro do ano passado. A decisão é assinada pelo desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal de Justiça (TJMT).
Flávio se entregou à polícia 16 dias depois de ter o mandado de prisão expedido. Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa que montou um esquema para monopolizar a saúde no estado.
Na decisão, o desembargador substitui a prisão do ex-secretário por medidas cautelares. Entre elas, Flávio Taques fica proibido:
- de manter contato, por qualquer meio, com os outros suspeitos e com as testemunhas do processo;
- de comparecer às sedes das empresas envolvidas e das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde;
- de se ausentar da Comarca sem prévia comunicação ao juízo processante;
Durante a operação também foram presos Huark Douglas Correia da Costa, ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Fábio Liberali Weissheimer, médico e sócio da Pró-Clin, Adriano Luiz Sousa, empresário e advogado, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali, Luciano Correa Ribeiro, médico e sócio da Pró-Clin, e Fábio Alex Taques.
De acordo com a Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), eles também integravam a quadrilha.
A operação apura irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o governo estadual.