As indústrias de Mato Grosso são responsáveis por empregar mais de 183 mil trabalhadores. No estado, há 15,5 mil estabelecimentos industriais. Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, copilados pelo Observatório da Indústria do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) mostram que o setor tem 18% de participação no total de funcionários registrados em todo o estado, no total de 1.043 milhão de pessoas atuantes o mercado de trabalho.
“O setor vive um momento de crescimento, principalmente para os setores de biocombustíveis e de alimentos. Porém, a necessidade de mão de obra ainda é um impasse para os setores econômicos do estado. A Fiemt tem liderado discussões para encontrar alternativas para a falta de força de trabalho”, pontuou o presidente do Sistema Fiemt, Silvio Rangel.
O levantamento, que considera o ano base de 2022, mostra ainda que do total de estabelecimentos industriais, cerca de 80% são microempresas; 16% são pequenas, 1,76% médias e 1,53% são grandes empresas. As atividades econômicas que mais concentram funcionários, destaque para: frigorífico – abate de bovinos com 12,52% (22.975), construção de edifícios com 10,70% (19.634), fabricação de álcool com 4,87% (8.934), frigorífico – abate de suínos com 4,12% (7.556) e serrarias com desdobramento de madeira em bruto com 3,42% (6.283).
Cerca de 58% (106.078) desses trabalhadores possuem ensino médio completo em grau de instrução, sendo com predominância o sexo masculino 78% (143.872), frente a 22% (39.653) de participação do sexo feminino. Com relação a faixa etária, destaque para o grupo de 30 a 39 anos com a maior participação, sendo de 30% (54.298).
Os municípios com maior participação no número de funcionários industriais são: Cuiabá com 18% (33.230), Rondonópolis com 8% (15.547), Várzea Grande com 8% (15.297), Sinop com 7% (11.976) e Lucas do Rio Verde com 6% (10.558).
Mudança na metodologia
No acompanhamento anual dos números da Rais é possível observar um aumento considerável no número de indústrias e de trabalhadores. Esse cenário se deve unicamente a alteração na metodologia aplicada para apuração dos doados.
“Ocorre que a coleta das informações é feita por meio do GDRAIS e agora também via ESocial, sendo o ano base de 2019 – o primeiro ano que ocorreu a coleta das informações com duas fontes de captação. É importante destacar que a inclusão do ESocial, é obrigatória e gradual, com cronograma previsto na Portaria Conjunta MTP/RFB/ME, nº 2, de 19 de abril de 2022”, explica o gerente do Observatório da Industria, Pedro Máximo.