Em 2020, o Pantanal foi consumido por chamas devastadoras, perdendo cerca de 30% de sua rica biodiversidade. Quatro anos depois, a história se repete: o fogo volta a ameaçar este santuário ambiental, colocando em risco a fauna e flora únicas da região.
Brigadistas, bombeiros, militares e voluntários lutam incansavelmente para conter as chamas, enquanto biólogos, veterinários e outros especialistas se dedicam a minimizar o sofrimento dos animais afetados. A cena é de extrema preocupação, pois a repetição de incêndios intensos pode levar à perda irremediável de diversas espécies.
Em 2020, estima-se que os incêndios tenham dizimado cerca de 17 milhões de animais vertebrados, incluindo serpentes, roedores, aves, primatas, jacarés e tamanduás. A tragédia deste ano ainda é incerta, mas os números de focos de incêndio já superam os de 2020, lançando um alerta sobre o futuro do bioma.
Organizações como o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap) trabalham arduamente para proteger a região. O IHP atua na preservação do Pantanal desde 2002, enquanto o Gretap, criado em 2021, monitora, avalia, resgata e auxilia animais silvestres vítimas de desastres ambientais.
A proteção do Pantanal exige ações urgentes e permanentes. É fundamental investir em medidas de prevenção e combate aos incêndios, promover o manejo sustentável dos recursos naturais e cobrar das autoridades políticas medidas efetivas para garantir a preservação deste patrimônio natural inestimável.