Um incêndio de grandes proporções está causando preocupação em Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá. As chamas se aproximaram da aldeia Umutina, colocando em risco a comunidade e o frágil ecossistema do Pantanal.
O Corpo de Bombeiros foi acionado no domingo (4) e, desde então, equipes de Tangará da Serra trabalham incansavelmente para conter as chamas. Devido ao difícil acesso à região, as causas do incêndio ainda são desconhecidas.
Os Umutina, um povo com uma rica história e cultura, habitam a região há muitos anos. Inicialmente conhecidos como ‘Barbados’ devido ao costume de usar barbas, os Umutina se autodenominavam ‘Balotiponé’, que significa ‘gente nova’. Após o contato com outros povos indígenas, passaram a ser chamados de ‘Umutina’.
A perda de território e a constante ameaça de incêndios são desafios enfrentados por essa comunidade indígena. Mais de 27 mil hectares de Barra do Bugres são áreas de terra indígena, habitadas também pelos povos Iranxe (Manoki), Nambikwara e Paresí.
Impactos do incêndio
Os incêndios no Pantanal causam danos irreparáveis à fauna e à flora, além de ameaçar a vida das comunidades tradicionais que habitam a região. A fumaça produzida pelas queimadas afeta a qualidade do ar e a saúde da população, e a perda da vegetação contribui para a intensificação do efeito estufa e para o aumento das temperaturas.
A importância da preservação do Pantanal
O Pantanal é um dos maiores e mais bem preservados ecossistemas úmidos do planeta, reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO. A região abriga uma rica biodiversidade, com milhares de espécies de plantas e animais, muitas delas endêmicas.
É fundamental que as autoridades competentes intensifiquem as ações de combate aos incêndios e de prevenção, além de promover políticas públicas que visem à proteção do Pantanal e dos povos que o habitam.